Autoria: António Pedro Tavares Guerra
Engenheiro Técnico Agrário, Formador e Consultor Técnico em Nutrição Vegetal
*Escrito ao abrigo do anterior AO
A utilização das algas na agricultura é uma actividade muito antiga e com tradição em algumas zonas do país, como por exemplo o litoral, particularmente nas regiões da Póvoa de Varzim e de Aveiro, onde apresentavam um elevado interesse fertilizante, denominados naquelas zonas por “sargaços” e “moliços” respectivamente.
A tradicional apanha consistia na recolha, na praia ou na beira-mar, das algas que se desprendiam das rochas com a força do mar. Depois de colhidas, eram estendidas nas areias da praia, para que pudessem secar.
Eram utilizadas como fonte de matéria orgânica, com um papel muito importante a nível químico no aumento da capacidade de retenção de água e nutrientes dos solos arenosos, e físico na melhoria da estrutura dos solos argilosos. Além disso eram uma fonte importante de nutrientes para o solo e para as plantas.
Foi durante muitos anos o fertilizante organomineral das pequenas parcelas de utilização agrícola, escavadas nas areias da beira-mar, as chamadas masseiras.
A utilização das algas na nutrição das plantas
Além de terem uma acção de biostimulante, as algas são também uma fonte importante de nutrientes para a planta.
• Azoto e potássio orgânicos
• Micronutrientes: ferro, manganês, zinco, cobre, boro e molibdénio
A sua riqueza é muito rica e diversificada:
Aminoácidos
Estimular o desenvolvimento e vigor vegetativo das plantas;
Vencer condições de stress (hídrico, térmico, ataque de doenças e pragas e fitotoxicidade);
Melhorar o Vingamento de frutos e aumento do calibre dos mesmos;
E por fim aumentar as produções quantitativas e qualitativas das produções agrícolas.
Hormonas naturais: auxinas de crescimento, giberelinas, citoquininas
Auxinas
. Ácido indolacético
. Ácido indolbutírico
Alongamento celular;
Divisão celular (aumento do calibre dos frutos);
Redução da queda prematura dos frutos antes da colheita, controlando os efeitos senescentes;
quer do etileno, quer do ácido abcísico;
Na formação dos tecidos vasculares.
Giberilinas
. Ácido giberélico
Divisão e crescimento celular;
Multiplicação celular (cicatrização das feridas provocadas por agentes climatéricos, com geadas e granizo);
Redução da queda prematura dos frutos antes da colheita, controlando os efeitos senescentes, quer do etileno, quer do ácido abcísico;
Estimulo da partenocarpia;
Multiplicação celular (cicatrização das feridas provocadas por agentes climatéricos, com geadas e granizo).
Citoquininas
Divisão celular, juntamente com as auxinas;
Na quebra de dormência e rebentação dos gomos foliares e florais à saída do período invernal;
Efeito anti-senescente, contrariando o amarelecimento e envelhecimento acelerado ou antecipado das folhas.
Complexo de ácidos aminados: biotinas e betaínas
Em biotinas
. Permitir uma melhor penetração através das membranas celulares e a migração do potássio, do cálcio, do magnésio e dos micronutrientes (…).
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GUERRA, António Pedro Tavares – Qual o verdadeiro potencial das algas em Agricultura? Comunicação na Algar Orange, dezembro de 2021
GUERRA, António Pedro Tavares – O papel das Algas na Nutrição das Plantas – Artigo publicado na revista AGROTEC, março de 2018
GUERRA, António Pedro Tavares – A utilização das Algas na Actinídea – Artigo publicado na publicação trimestral da APK, junho de 2011
GUERRA, António Pedro Tavares – Qual o verdadeiro potencial das algas em Fruticultura e Viticultura?
Comunicação na COTHN 2009
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