Na sequência da reunião geral de adegas associadas da FENADEGAS, que teve lugar no Cadaval dia 18 de outubro, constatou-se que mais uma vez nesta campanha e sempre que há situações de crise no mercado de vinho, serem as adegas cooperativas nas mais diversas regiões do país, o garante do apoio aos viticultores.
Contudo esse importante papel foi objetivamente posto em causa na Destilação de Crise recentemente efetuada, por quanto ao invés do rateio que muito penalizou o setor, deveria ter sido dada a devida e justa prioridade aos stocks excessivos a quem os produziu e não a quem os comprou, permitindo até a dúvida sobre a sua origem.
Para além desta situação em várias regiões vitivinícolas do Continente os agentes económicos do comércio, legitimamente, reduziram o seu volume de compra de uvas o que levou a um acréscimo muito preocupante de uvas vinificadas pelo setor cooperativo face à continuação de stocks elevados. Esta realidade demonstra de forma evidente o caracter prioritariamente social do setor cooperativo nem sempre evidenciado e reconhecido como é devido. Como salienta o Presidente da FENADEGAS, Dr. Basto Gonçalves “em anos de crise, as Adegas Cooperativas são, nas mais diversas regiões do país, o garante do apoio aos viticultores.”
Entende portanto a Fenadegas que em sede de Orçamento de Estado esse reconhecimento deve ser devidamente assegurado, quer ao nível dos impostos, permitindo a retomada comercialização do vinhos para níveis de 2019, no mercado interno, bem como sejam consagradas medidas de apoio à capitalização das Adegas Cooperativas e sua restruturação.
Comunicado FENADEGAS, 20 de outubro 2023.