Ministra do Ambiente e Energia fala numa obra que contribuirá para a sustentabilidade ambiental da região, alinhada com o Plano de Eficiência Hídrica do Algarve.
O Ministério do Ambiente e Energia deu luz verde à intervenção de aproveitamento do volume morto da Barragem de Odelouca, no Algarve. Trata-se de um investimento no valor de 4,9 milhões de euros, financiado pelo Fundo Ambiental e a ser executado pela Águas do Algarve, que é crucial para garantir a segurança hídrica da região Sul do País, particularmente em períodos de seca.
Este projeto está alinhado com o Plano de Eficiência Hídrica do Algarve e com as medidas de combate à seca aprovadas pelo Governo, estando prevista a sua conclusão no final do ano, permitindo depois um volume de captação de 15 hectómetros cúbicos. Refira-se que o consumo urbano de água nesta região é de cerca de 75 hectómetros cúbicos por ano.
“A seca é uma realidade cada vez mais presente no Algarve e este projeto representa um passo importante para complementar em situações de emergência o abastecimento de água à população e às atividades económicas da região. Com esta intervenção, estamos a aumentar a resiliência hídrica e a contribuir para a sustentabilidade ambiental”, considera Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente e Energia de Portugal.
A intervenção consiste no rebaixamento do nível mínimo de exploração da Barragem de Odelouca, cujo volume morto estava sobredimensionado. A Águas do Algarve considerou que esse nível tem possibilidade de ser mais baixo, permitindo um volume de captação sem colocar em causa a qualidade da água.
“Este investimento é uma demonstração clara do nosso compromisso em garantir a segurança hídrica do Algarve. Com a captação do volume morto da Barragem de Odelouca, estamos a criar uma resposta resiliente aos desafios da seca, gerindo a água de uma forma sustentável. Este projeto é um exemplo de como podemos conciliar o desenvolvimento económico com a proteção do ambiente”, sublinha a Ministra do Ambiente e Energia.