Dayana Barrantes, responsável pelo desenvolvimento técnico da Seipasa LATAM, explica os pontos fortes do novo registo de biocontrolo que a Seipasa acaba de obter na Colômbia
1 – Quais os riscos que o monalonion representa para os produtores de abacate e que tipo de danos pode causar à cultura?
Em geral, o monalonion é uma praga de grande importância que afeta diretamente a cultura, causando perdas de produção muito significativas. É uma praga que ataca a cultura na fase de frutificação e provoca danos diretos nos frutos. Os sintomas mais visíveis são uma série de manchas circulares de cor castanha oleosa, que posteriormente se tornam negras. Este facto torna os frutos totalmente não comercializáveis para o mercado de exportação, que é o mais rentável para os produtores.
Na fase de frutificação, os produtores têm poucas opções de controlo com a aplicação de moléculas químicas devido à presença de resíduos nos frutos.
Existe também a possibilidade de utilizar biorrelaxantes tradicionais, mas os produtores deparam-se com o problema da baixa potência.
2 – Que tipo de estratégias estão a ser utilizadas para o controlar na Colômbia?
As estratégias utilizadas em geral são uma gestão integrada de produtos biológicos, extratos e moléculas químicas. Uma delas é o malatião, que tem mostrado uma boa eficácia contra o inseto. No entanto, apresenta um risco elevado de resistência, precisamente devido às opções limitadas de que o agricultor dispõe no momento da aplicação.
Outra desvantagem do malatião é o facto de ser altamente residual, o que é prejudicial não só para o consumidor, mas também para o produtor, pois expõe-no ao risco de ficar fora do mercado no caso de o fruto ser sujeito a uma análise.
Existe também a opção de utilizar extratos que são utilizados como repelentes, embora estes não garantam uma proteção a 100% do fruto.
3 – Que valor acrescentado traz aos produtores de abacate o novo registo do Pirecris contra esta praga?
Acima de tudo, saliento dois valores fundamentais: a força e a ausência de resíduos químicos no fruto. O Pirecris é um inseticida de largo espetro, desenvolvido com ingredientes 100% naturais. 100% da formulação é concebida para atuar como material ativo, o que nos permite assegurar um efeito de choque poderoso.
Além disso, o Pirecris é um produto que, devido à sua composição, evita o risco de resistência. O facto de ser um produto classificado no grupo IRAC 3A permite ao agricultor dispor de mais uma opção de rotação, juntamente com as outras moléculas utilizadas na proteção integrada. Penso que é muito importante sublinhar esta vantagem, uma vez que o Pirecris surge como uma nova alternativa biológica para a rotação que pode ser utilizada em todos os períodos de colheita.
Relativamente à residualidade zero, os produtores podem aplicar o Pirecris imediatamente antes da colheita sem qualquer risco de aparecimento de resíduos nos frutos, uma vez que o intervalo de segurança do Pirecris é de 0 dias.
4 – Fale da gestão do produto e da sua inclusão em estratégias de gestão integrada.
O Pirecris é um produto que pode ser incluído na gestão integrada de pragas. Por ser um produto biológico, atua por contato, pelo que sugerimos que seja aplicado com adjuvantes que melhorem a dispersão do produto para conseguir o contacto direto com o inseto e, posteriormente, o seu controlo.
É um produto que pode ser utilizado em mistura com a maioria dos fungicidas e inseticidas existentes no mercado e, como possui a tecnologia Sun Protect, pode ser aplicado a qualquer hora do dia.
5 – Qual é a eficácia do produto, tanto nos ensaios efetuados como nas explorações onde foi utilizado nesta campanha?
Há um projeto que temos vindo a desenvolver há alguns anos no município de Aguadas, no departamento de Caldas, que é uma das zonas de cultivo e produção de abacate mais importantes da Colômbia. Nesta zona, tivemos experiências de campo com eficácias superiores a 90%, resultados que deixaram os produtores e técnicos da zona muito entusiasmados, pois não esperavam que um produto biológico fosse capaz de atingir eficácias tão elevadas. Por este motivo, o Pirecris gerou muita confiança e foi muito bem recebido por toda a agroindústria.
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