Alexandre Furtado é horticultor e consultor técnico da Organização de Produtores Carmo & Silvério S.A e um dos líderes de opinião da Horticultura na Póvoa de Varzim.

A horticultura é um dos motores da economia da Póvoa de Varzim, existem neste concelho litoral cerca de 300 a 400 hectares de estufas e 1200 hectares de produção hortícola ao ar livre.Alexandre Furtado estreou-se como horticultor há 10 anos e atualmente produz pimento e tomate cereja em dois polos produtivos, nas freguesias de Estela e Amorim, num total de 0,6 hectares em estufa.

Quais as práticas sustentáveis que usa e recomenda para minimizar o uso de agroquímicos nas culturas hortícolas?

Faço luta biológica para controlo de pragas sempre que é possível. Considero-a obrigatória no pimento e no morango, já no tomate nem sempre é fácil por causa da Tuta absoluta. Alguns dos horticultores a quem presto apoio técnico usam uma estratégia mista, recorrendo também a inseticidas seletivos para as pragas-alvo e, no caso das doenças, a fungicidas pouco agressivos. Na parte do solo, recomendo a aplicação de grandes quantidades de matéria orgânica para promover a fertilidade e a saúde do solo e há 15 anos que deixei de usar e de recomendar fumigantes de solo.

Em horticultura é possível prescindir totalmente dos fungicidas químicos?

A utilização de Soil-Set e de Contribute SR tem uma ação muito efetiva na melhoria da saúde do solo. Estes produtos biotecnológicos, à base de microrganismos benéficos, desenvolvidos pela Alltech Crop Science, permitem colmatar problemas de fungos de solo sem a utilização de agroquímicos.

Que medidas sugere para melhorar a fertilidade do solo a longo prazo?

Devemos incorporar estrumes e fertilizantes orgânicos de boa qualidade no solo e aplicar microrganismos benéficos, o mais diversificados possível, para tornar o solo resiliente e supressivo. Outras medidas úteis são mobilizar o solo o menos possível e fazer rotações de culturas, o que nem sempre é fácil em horticultura.

Qual é a importância de promover solos supressivos para as culturas hortícolas?

É deixar um solo vivo, rico e biodiverso, como herança aos nossos filhos. Infelizmente, aqui na Póvoa poucos têm sido os jovens a entrar na atividade hortícola nos últimos 10 anos.

Mas afinal, o que é um solo supressivo?

Um solo supressivo é aquele que naturalmente inibe a ocorrência de doenças e pragas, mesmo na presença de patogénicos, graças à presença de microbiologia benéfica diversa e ativa. Este tipo de solo contém uma variedade de microrganismos benéficos que competem com os patogénicos ou produzem substâncias que os suprimem, promovendo o crescimento saudável das plantas sem a necessidade de tantos agroquímicos. Os solos supressivos são vantajosos para a agricultura sustentável, pois reduzem a dependência de pesticidas e melhoram a resistência natural das culturas, beneficiando a produtividade e a saúde do ecossistema agrícola mesmo em culturas “algo intensivas” como as hortícolas.

Como enquadra o uso do Soil-Set para melhorar a saúde do solo e das culturas?

Quando o Soil-Set AID foi lançado em Portugal, em 2012, revolucionou o mercado da horticultura. Não havia, e continua sem haver, nada semelhante no mercado! Era (e ainda é) um produto natural que nos ajudava a produzir e a controlar doenças graves do solo, como Fusarium, Rhizoctonia, Sclerotinia, bacterioses, melhorava muito o enraizamento, e consequentemente, a produtividade das culturas. É muito fácil demonstrar a um agricultor o que o Soil-Set faz numa cultura, porque o seu efeito é muito visível, comparativamente a uma cultura sem Soil-Set. O registo europeu do Soil-Set como bioestimulante é uma mais-valia. A nova legislação europeia veio clarificar o mercado, ajuda a separar o trigo do joio.

Alltech Crop Science Iberia revoluciona o mercado agrícola com SOIL SET ®

Que conselho daria a outros horticultores que estão a ponderar adotar práticas mais sustentáveis?

Quando se pensa em fazer a aplicação de um produto, seja ele qual for, ou adotar alguma prática cultural, devemos sempre pensar duas vezes nas consequências do que estamos a fazer, tanto acima do solo, no que conseguimos ver, como abaixo do solo, naquilo que não é visível. Eu costumo dizer que se os microrganismos chorassem, ouviríamos um pranto ruidoso de cada vez que o ser humano faz alguma intervenção mais agressiva!

E, claro, a velha máxima de que mais vale prevenir do que remediar. Quando prevenimos um problema no campo fica-nos sempre mais barato do que quando o remediamos!

E para finalizar, como define a Alltech Crop Science numa palavra?

Inovação. Os produtos da Alltech Crop Science são muito inovadores.

Mais informação em: Alltech Portugal