Vários produtores reunidos na Herdade das Servas, em Estremoz
Idealizado pela dupla Luís Serrano Mira e Renato Neves – proprietário e diretor de viticultura e enologia da Herdade das Servas, respetivamente – o Regenerative Wine Fest (RWF) foi um sucesso e a prova disso é que já tem nova data. Na Herdade das Servas, em Estremoz, a segunda edição vai acontecer no sábado, dia 31 de maio de 2025. Uma antecipação no calendário, de setembro para maio, para que se possa desfrutar das vinhas e da envolvente numa época de maior beleza e perceção do trabalho feito em modo de viticultura regenerativa.
O Regenerative Wine Fest 2025 vai ter novos players com práticas regenerativas, ao nível dos vinhos, mas também de produtos alimentares. As novidades vão ser anunciadas, até à data do evento, em www.regenerativewinefest.pt e, a partir de agora, também na recém-criada página de Instagram @regenerativewine.fest.
O Regenerative Wine Fest foi aplaudido desde a “primeira hora” deste ano de estreia; quem o constatou e disse foram os presentes: da equipa a produtores, de convidados a inscritos. Foi um evento bastante personalizado, com uma dimensão que permitiu envolvimento, em momentos de maior descontração, como o almoço, e de grande partilha de conhecimento, como as quatro talks, estruturadas e conduzidas pelo jornalista e curador Edgardo Pacheco. Foram aflorados outros produtos, alguns dos quais estarão representados em 2025, e que são simbióticos para esta prática e para um ecossistema em equilíbrio. Os vinhos estiveram em destaque, numa mostra com cerca de três dezenas de referências, oriundas dos oito produtores presentes: a anfitriã Herdade das Servas (Alentejo), Adega Mayor (Alentejo), Família Nicolau Wines (Lisboa), Paulo Coutinho (Douro), Quinta da Covela – Lima & Smith (Vinhos Verdes), Reynolds Wine Growers (Alentejo), Tapada de Coelheiros (Alentejo) e Vale dos Ares (Vinhos Verdes). Reuniu cerca de 130 pessoas, entre produtores, viticólogos, enólogos e outros especialistas, assim como entusiastas do vinho.
O propósito inicial deste ‘movimento’ foi totalmente conseguido: num ambiente descontraído, o Regenerative Wine Fest serviu para promover a literacia sobre as práticas agrícolas neste contexto, falar-se sobre a forma como estas podem originar vinhos únicos e, simultaneamente, ajudar a salvar os ecossistemas onde coexistimos com os outros seres vivos. O RWF é uma “semente” no calendário enófilo, mas também de eventos de boas práticas agrícolas, reforçando o papel de produtores que apostam na excelência e nas inovações que estão a transformar a viticultura contemporânea, com vista a uma produção vitivinícola sustentável de A a Z.