Numa iniciativa organizada em parceria com o CIB – Centro de Informação de Biotecnologia e a Companhia das Lezírias, estiveram ainda presentes parceiros e entidades reguladoras.
Dedicado ao tema «Agricultura na Europa: Estagnar ou Evoluir?», a Smart Farm recebeu a visita da Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas, em conjunto com a Direção Geral de Alimentação e Veterinária e outros parceiros, para uma agenda dedicada à partilha de conhecimento e ao debate sobre o papel da Ciência e Tecnologia na modernização e competitividade da agricultura, no quadro Nacional, Europeu e Global.Numa altura em que enfrentamos cada vez maiores desafios para alimentar uma população global de mais de 8 mil milhões de pessoas, mais do que nunca se impõe a urgência de encontrar novas soluções para produzir alimentos de forma sustentável, pelo que a CropLife Portugal volta a juntar-se ao CIB – Centro de Informação de Biotecnologia e à Companhia das Lezírias, para uma manhã dedicada à partilha de informação e conhecimento científico na sua quinta inteligente, a Smart Farm.
“A nossa missão passa também por constantemente contribuir com dados e informação relevantes para o processo de decisão político e regulador, procurando que a realidade do agricultor seja de facto conhecida e bem compreendida por quem tem aquela responsabilidade”, afirmou João Cardoso, Diretor-Executivo da CropLife Portugal.
Tema também abordado no evento foram as Novas Técnicas Genómicas (NTG) como um recurso recente e muito eficaz no melhoramento genético de plantas. As NTG permitem uma variabilidade induzida mais precisa e previsível, uma vez que se pode proceder a alterações em genes já identificados na planta.
Segundo o Prof. Jorge Canhoto, Presidente da Direção do CIB “espera-se que as NTGs tenham um profundo impacto na agricultura e no conhecimento dos mecanismos de desenvolvimento das plantas, permitindo assim aumentar a produtividade para fazer face ao contínuo crescimento da população mundial e, não menos importante, às consequências das alterações climáticas, quer seja em termos da tolerância a stresses ambientais como a temperatura e o a disponibilidade de água, quer no combate às pragas e doenças, algumas delas também resultantes da modificação das condições ambientais”. “As NGTs são absolutamente essenciais para atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável definidos pela UNESCO, mas também para se conseguir atingir as metas ambientais da União Europeia preconizadas na estratégia do “Prado ao Prato” e no “Pacto Ecológico Europeu”, acrescentou o responsável.
Ciente da importância de continuar a sensibilizar entidades decisoras para as necessidades do setor e dos seus profissionais, o encontro ficou marcado por uma visita detalhada às diferentes estações da Smart Farm, onde todos tiveram oportunidade não só de conhecer algumas das melhores práticas agrícolas e das mais avançadas tecnologias à disposição do setor, mas também, de debater e compreender a urgência de integrar as tecnologias disponibilizadas pela indústria nos procedimentos de análise de risco e de disponibilizar aos agricultores ferramentas que mitigam estes riscos durante todo o processo de produção.
Eduardo Oliveira e Sousa, Presidente da Companhia das Lezírias, manifestou a maior satisfação pela adesão de uma expressiva delegação de deputados da Comissão de Agricultura e Pescas, “comissão que eu próprio integrei enquanto deputado”, refere, tendo sido muito profícuo o debate em torno das dificuldades com que os agricultores se debatem no combate a pragas e doenças, face às regras cada vez mais restritivas que lhes são impostas, diminuindo a rentabilidade das culturas. “A Companhia das Lezírias, sendo uma propriedade de capital exclusivamente público, tem a obrigação de acolher estas iniciativas, como forma de espelhar o que no dia a dia e na prática são os reais problemas da agricultura”, afirmou.