À nossa reportagem alguns produtores e empresas presentes tiveram a oportunidade de apresentar os seus produtos
Colegiada de Nossa Senhora da Anunciação da Lourinhã
Segundo a grã-mestre, Ana Santos, “a Colegiada, é uma Confraria que defende a Aguardente DOC Lourinhã. Chama-se Colegiada porque remonta a uns séculos passados”. No momento da nossa reportagem, foi possível ver in loco a destilação. “Estamos neste momento a destilar 1 litro e ½ de vinho tinto que colocámos neste recipiente que está quente, o vinho tem de entrar em ebulição, sendo que são 2 processos contrários um ao outro. Primeiro temos de fazer a evaporação do álcool com fogo e depois o arrefecimento do vapor da água com álcool através de água. Se for o vapor de algo que tenha açúcar e que seja fermentado, tudo dá aguardente, seja de frutas, pera, maçã, figo, etc. Tem é de ser fermentado para transformar a glicose em álcool e depois fazer evaporar o álcool e arrefecê-lo para ele condensar (…). Normalmente os tachos são de 500 litros e vão dar à volta de 50L de aguardente (…) cerca de 2 horas depois, dependendo da fonte de calor, os 500 litros estão destilados (…)”, explica o confrade João Baptista.
Destilaria Caratão
Localizada no concelho de Seia, na Serra da Estrela, o responsável pela Destilaria Caratão, João Pedro conta que desde 1993 produzem aguardente de medronho. “95% da nossa aguardente de medronho é proveniente de medronhos silvestres, os restantes de plantações em modo de produção biológica (…). A área de recolha de medronhos vai desde o concelho de Seia no distrito da Guarda, parte do distrito de Coimbra, no concelho de Arganil e Pampilhosa da Serra e estende-se até ao distrito de Castelo Branco, nomeadamente Covilhã, Fundão, Proença-a-Nova, Oleiros e Sertã (…) Temos a nossa aguardente de medronho nova com certificação biológica, das nossas plantações e de parceiros que também têm medronhos cultivados em modo de produção biológica”, elucida o responsável.
Medronhalva
No expositor da Medronhalva em destaque esteve a aguardente de medronho “Imperatriz do Medronheiro”, uma marca registada da empresa, fundada por Carlos Fonseca que se dedica para além da cultura do medronheiro produzido em agricultura biológica, à apicultura, silvicultura preventiva, turismo, biodiversidade, eficiência e sustentabilidade ambiental e energética, assentes numa forte base de investigação, desenvolvimento, inovação, responsabilidade social e valorização dos recursos endógenos mediterrâneos.
Vieirinox
A Vieirinox é uma marca representativa da empresa Henrique Vieira & Filhos. Adriana Vicente, em representação da empresa, explica que “já contam com 115 anos no mercado nacional e que neste caso, neste ambiente. produz destilarias desde 1950 (…) Uma destilaria é constituída por uma caldeira, coluna de destilação, retificador e refrigerante no final”.
Caves do Solar de São Domingos
Sérgio Costa, colaborador das Caves do Solar de São Domingos, explica que a empresa tem sede na região da Bairrada, conta com 37 anos de atividade e estão presentes no Aguardente DOC fest Lourinhã com 3 segmentos diferentes: Vinhos, espumantes e aguardentes. No caso das aguardentes, afirma Sérgio Costa, “que a Aguardente São Domingos Bagaceira é líder de mercado (…). Temos também uma aguardente vínica velha, com várias idades de envelhecimento com 3 anos, 5 anos, 10 anos e 20 anos (…). Estes eventos são cruciais para nós porque temos de transmitir às novas gerações para provarem produtos que são feitos em Portugal”.
Engenho Novo da Madeira – William Hinton Rum da Madeira
Em representação do Engenho Novo da Madeira, Mário Gomes diz “que o produto é destilado do sumo da cana que é um bocadinho diferente do rum industrial (…) este rum é muito mais específico, sendo destilado do próprio sumo fresco da cana-de-açúcar e por isso tem características diferentes, um bocadinho mais herbal, mais floral do que um rum normal (…). O Rum da madeira é um destilado forte, porque é um produto que não leva adição de açúcar tal como uma aguardente vínica”.
A empresa tem uma diversidade de produtos que estagiam em diferentes barricas já usadas por outros produtos (…).
→ Leia este e outros artigos completos na reportagem especial da 1ª edição do Aguardente DOC FEST na Revista Voz do Campo – edição de janeiro 2025, disponível no formato impresso e digital.
(Re)Veja aqui a Vídeo-reportagem completa: