A pequena vila de Ferreira do Alentejo prepara-se para receber um investimento de peso no setor agrícola. A Liquiadubos, uma empresa dedicada à produção de fertilizantes líquidos, está a construir uma fábrica de raiz na região, com inauguração prevista para a primavera deste ano. Joaquim Carriço, técnico comercial da empresa, detalhou à Voz do Campo, os planos e o impacto desta unidade para a agricultura nacional.
A Fábrica e a produção sustentável
A fábrica da Liquiadubos está focada na produção de adubos líquidos à base de Azoto, Fósforo e Potássio (NPK), destinados sobretudo a culturas irrigadas, como os crescentes olivais e amendoais da região. Segundo Joaquim Carriço, a unidade incluirá não só a área de produção, mas também um armazém regulador para fertilizantes granulados e instalações de produtos fitossanitários. “Nós recebemos a matéria-prima, que ficará armazenada nos pavilhões, e aqui será feita toda a transformação do líquido, 100% na nossa unidade”, explicou. A sustentabilidade é uma prioridade. A empresa compromete-se a operar em conformidade com a legislação ambiental e a desenvolver tecnologias que reduzam o impacto ecológico dos fertilizantes. “Estamos a testar tecnologias amigas do ambiente que favorecem a produção agrícola e trazem mais-valias para o agricultor e para o ambiente”, destacou o técnico comercial.
Impactos económicos e logísticos
A localização estratégica da fábrica, numa região com elevado consumo de fertilizantes devido à expansão de culturas intensivas, promete beneficiar a economia local e os agricultores. A proximidade da unidade poderá reduzir custos de transporte e preços para os produtores, ao mesmo tempo que diminui a dependência de importações, particularmente de Espanha. Além disso, a construção da fábrica criará postos de trabalho diretos e indiretos em Ferreira do Alentejo, fortalecendo a economia regional.
Inovação e diferenciação no mercado
A Liquiadubos não pretende ser apenas mais um player no mercado. A empresa planeia destacar-se pela qualidade dos seus produtos e pela introdução de duas novas linhas de fertilizantes que ainda não são fabricadas em Portugal. “Queremos oferecer produtos que tragam mais-valias para o agricultor e para o ambiente, e diferenciar-nos pela inovação”, frisou Joaquim Carriço. Além disso, a empresa aposta numa forte relação com os agricultores e distribuidores, garantindo um serviço eficiente desde a receção das matérias-primas até à entrega final dos produtos.
Um passo rumo ao futuro da agricultura portuguesa
A fábrica da Liquiadubos simboliza mais do que um simples investimento. É um marco na modernização e sustentabilidade do setor agrícola português, respondendo às exigências de uma agricultura mais eficiente e ambientalmente responsável.
Com os olhos postos no futuro, Joaquim Carriço revelou que esta é apenas a primeira fase de um investimento mais amplo.
“Outros projetos seguirão, sempre com foco na agricultura e na redução da dependência de importações”, afirmou. Com a primavera a aproximar-se, Ferreira do Alentejo prepara-se para acolher este novo capítulo no desenvolvimento agrícola da região, que promete beneficiar não apenas os produtores locais, mas também a economia e o ambiente em Portugal.
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