Sofia Stilwell, Agriculture, Sustainability & Competitiveness Manager da Holding da Indústria Transformadora do Tomate (HIT), explica como a empresa se tem posicionado como referência na indústria transformadora de tomate com a sua forte aposta em inovação tecnológica e sustentabilidade. A HIT é dona das fábricas de processamento de tomate Italagro (Castanheira do Ribatejo) e FIT (Águas de Moura) que, por sua vez, é detida em 70% pelo grupo japonês Kagome e investiu milhões de euros em projetos para reduzir a sua pegada de carbono e expandir o seu portefólio, olhando para o crescimento de novos mercados e produtos.
O que é atualmente a HIT?
A Holding da Indústria Transformadora do Tomate (HIT), é a empresa dona das fábricas de processamento de tomate Italagro (Castanheira do Ribatejo) e FIT (Águas de Moura) que, por sua vez, é detida em 70% pelo grupo japonês Kagome.
A HIT, nas duas fábricas, emprega 350 colaboradores permanentes e 700 colaboradores temporários durante a campanha do tomate. Em 2024, a HIT faturou 138 milhões de euros em 2024, o segundo melhor resultado de sempre, apenas suplantado pelo resultado de 2023, com 140 milhões de euros. A HIT exporta a quase totalidade da sua produção (97%) para mais de 30 países. Os principais mercados continuam a ser o Reino Unido e o Japão. A restante produção vai para a zona Euro e países do norte da Europa (35%). África, Austrália e Médio Oriente estão também entre os destinos mais importantes. Portugal absorve apenas 3% da produção.
Como a empresa evoluiu ao longo dos anos?
A HIT nasceu em 2007, quando adquiriu a FIT e a Italagro e, desde o início que o foco é o desenvolvimento de novos processos e técnicas de preservação dos melhores constituintes naturais do tomate, com o objetivo de exceder as expectativas dos clientes, em qualidade e em serviço.
Com a prioridade dada à inovação e à investigação associada à criação de novas soluções, a identificação com as características do Grupo Kagome é perfeita. De sublinhar que o Grupo Kagome nasceu em 1949, na altura com o nome “Aichi Tomato Company”, sendo que em 1963 torna-se oficialmente, Grupo Kagome.
Qual é a visão da HIT para o futuro da indústria transformadora de tomate, especialmente no que diz respeito à inovação e sustentabilidade?
Se há algo que distingue a HIT no setor da indústria transformadora é precisamente a capacidade de inovar e de desenvolver soluções e respostas sofisticadas capazes de satisfazer as solicitações dos clientes e mercados mundiais diferenciados. Alguns dos mais avançados protótipos industriais estão a ser testados nas fábricas do Grupo HIT, precisamente pelo facto de estarem na vanguarda tecnológica neste setor.
Outro fator distintivo é a aposta na sustentabilidade. Em linha com esse compromisso estratégico de sustentabilidade e modernização, no ano passado a HIT investiu 14 milhões de euros em projetos relacionados com a redução das emissões de carbono e inovação nas linhas de produção das duas fábricas.
E em 2025 o investimento em sustentabilidade vai continuar, nomeadamente com mais 4,7M€ em projetos que visam reduzir as emissões de CO2 e apostar nas poupanças do consumo de água.
O Grupo HIT pretende ser reconhecido como um operador de referência no setor através de soluções alimentares sustentáveis.
Quais são as principais estratégias adotadas pela HIT para manter a competitividade no mercado nacional e internacional de processamento de tomate?
A estratégia da HIT assenta em três pilares principais, a qualidade diferenciada do tomate português, a capacidade de inovar e de desenvolver produtos que respondem às exigências mais elevadas do mercado e a aposta na sustentabilidade.
Em termos de produtos, qual o foco?
O produto mais relevante continua a ser o concentrado de tomate. Em 2024 a HIT processou aproximadamente 370 mil toneladas de tomate. No entanto, estamos a registar um forte crescimento de produtos de valor acrescentado, que já valem 10 milhões de euros. Em 2024 estes produtos registaram mesmo um crescimento de 48%, sendo que neste caso estamos a falar nomeadamente de: Pasta de tomate com alto teor de licopeno; Pasta de tomate doce; Fibras; Extrato de tomate concentrado e Puré de tomate.
Por outro lado, o Grupo HIT tem vindo a investir na diversificação dos produtos que transforma, estando a alargar o portefólio para a batata-doce, concentrado de pera e de maçã (…).
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