A Bagas de Portugal também marcou presença no 13º Encontro Nacional Produtores de Mirtilo. Francisco Silva, presidente da Bagas de Portugal, com sede em Sever do Vouga recorda que o foco inicial da cooperativa foi apoiar os pequenos agricultores de Sever de Vouga. “Praticamente todas as famílias tinham uma pequena parcela onde implementaram a cultura do mirtilo”, lembra Francisco Silva.
O exemplo da Bagas de Portugal
Com o tempo, a comercialização tornou-se difícil para os pequenos produtores que não tinham escala, o que levou à criação da cooperativa para conseguir “escoar o produto que eles produziam”. No entanto, a Bagas de Portugal logo percebeu que “a janela do mirtilo é curta, ainda mais na nossa zona”, por isso, foi necessário alargar o leque de bagas, como amora, framboesa, groselha, physalis e goji.
A otimização dos processos também se tornou um foco importante para a Bagas de Portugal.
Diz Francisco Silva que muitas das plantações de mirtilos na região eram “plantas antigas, com 500 ou 600 árvores”, o que tornava necessário “ajudar os produtores a ir mudando”. O dirigente associativo sublinha que, embora o processo de substituição das variedades seja difícil para os agricultores, é essencial para garantir a produtividade. “Não é fácil para um produtor que já tem uma árvore com 7, 8, 10, 15 anos dizer, vou arrancar e esperar mais 2 ou 3 anos para ter nova produção, mas com o tempo os produtores percebem a necessidade de alterar as variedades”. A cooperativa também tem apoiado os produtores a obter certificações, criando uma “certificação em grupo para ser mais barato” e garantindo que as práticas sustentáveis e a segurança alimentar sejam seguidas.
→ Leia a reportagem completa do 13º Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo na Revista Voz do Campo – edição de abril 2025, disponível no formato impresso e digital.
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Reportagem Voz do Campo: 13º Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo