PRODUTOR: Bruno Borges

ATIVIDADE: Produção de Ovinos (Carne)

LOCALIZAÇÃO: Castelo Branco

EFETIVO: 70 animais

Bruno Borges cresceu no seio de uma família agrícola, pelo que a produção vegetal e animal estiveram sempre presentes no seu dia-a-dia.

Com esta influência, formou-se na área de Engenharia Agronómica/zootecnia e hoje desempenha a função de Técnico Agrícola.

Em paralelo com a atividade profissional gere uma exploração agrícola em regime extensivo, com objetivo de criar ovelhas aleitantes (produção de carne), que tem vindo a crescer desde há cinco anos, de forma natural, deixando as fêmeas nascidas na exploração.

Nesta exploração conta com um efetivo de 70 animais e com uma área de exploração de aproximadamente 30 hectares dividida em duas propriedades, uma na zona norte e outra na zona sul da cidade de Castelo Branco, que gere em conjunto com um colaborador, ambos em part-time, pois o efetivo não confere rendimento para ser atividade a tempo inteiro.

A raça eleita é a Merina da Beira Baixa, com alguns cruzamentos com outras raças, com a finalidade para produção de carne.

É uma raça autóctone da Beira Baixa, logo está perfeitamente adaptada ao meio ambiente da região. Caracteriza-se por animais rústicos e fêmeas com muito bom instinto maternal. Dado que o objetivo é a produção de carne, normalmente os borregos são vendidos com 10 semanas a compradores de gado vivo, que depois os levam para diferentes destinos, seja o mercado regional/nacional como até o internacional como é o caso de Israel.

A carne é facilmente vendida, mas as alturas de maior valorização da mesma são o Natal e a Páscoa, daí que seja feita uma programação para que existam animais disponíveis principalmente nessa altura.

Futuramente a estratégia na exploração passa pela criação de pontos de água para poder adaptar o sistema de regadio em algumas áreas e assim aumentar o efetivo e o rendimento por hectare/ exploração.

Bruno Borges considera existir uma desvalorização da atividade agrícola e “que se vê ainda a braços com os aumentos e inflação dos preços das matérias-primas, essenciais para o desenvolvimento destas atividades como as sementes, a adubação, a mão de obra e os combustíveis, entre outros”. Por estas razões não vê como viável dedicar-se exclusivamente à exploração nos tempos mais próximos.

• Reportagem publicada na edição de outubro de 2022 da Revista Voz do Campo.