A folha do cardo como fonte de compostos bioativos de valor económico: a importância da variabilidade genética na seleção de perfis químicos

Cynara cardunculus, vulgarmente conhecida por cardo, é um elemento ancestral da flora mediterrânica, que tem passado de geração em geração, pela sua resiliência e adaptabilidade. Largamente conhecido pelo potencial tecnológico da flor para a produção de queijos, há diversos relatos na medicina popular da utilização das folhas.

Há dez anos que o CEBAL iniciou o estudo de caracterização química e biológica da folha do cardo, numa ótica de valorização complementar. Hoje tem a decorrer três doutoramentos cujo objeto de estudo é o cardo, em forte parceria com a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, com a Faculdade de Ciências de Lisboa, com o INIAV (Estação de Melhoramento de Plantas – Elvas) e com a Universidade de Cádiz, em Espanha. Com abordagens complementares, é expectável o acesso a novos conhecimentos, que resultem em novas valorizações económicas, com foco no potencial da folha do cardo, de acordo com as atividades em curso no projeto financiado MedCynaraBioTeC – Seleção de Genótipos de Cynara cardunculus para novas aplicações biotecnológicas: potenciar a cadeia de valor do cardo, uma cultura mediterrânica bem adaptada (ALT20-03- 0145-FEDER-039495).

Investigar para transferir o conhecimento para o sector produtivo tem sido o mote orientador do trabalho desenvolvido no decorrer destes 10 anos em que o CEBAL se dedica ao estudo do cardo.

A folha do cardo como fonte de compostos bioativos

Da caraterização inicial das diversas partes da planta (caules, folhas e capítulos), rapidamente foi possível verificar que a riqueza química da folha do cardo valia o investimento e dedicação de esforços em termos da compreensão detalhada do seu potencial biológico (…).

→ Leia o artigo completo na edição de novembro de 2020

Autoria: Teresa Brás”1,2, Ana Paulino”1,3, Daniela Rosa”1,4,5, Jacqueline Santos”1, Liliana Marum”1,4, Octávio S. Paulo”3, Luisa Neves”2, João Paulo Crespo”2, Benvindo Maças”6 e Francisco Macias”5, Maria de Fátima Duarte”1,4*

  • 1 Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Alentejo (CEBAL)/Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), 7801-908 Beja, Portugal.
  • 2 LAVQ/REQUIMTE, FCT, Universidade Nova de Lisboa, 2829-516 Caparica, Portugal.
  • 3 Centre for Ecology, Evolution and Environmental Changes (cE3c), Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, 1749-016, Lisboa, Portugal.
  • 4 MED – Mediterranean Institute for Agriculture, Environment and Development, CEBAL, 7801-908, Beja, Portugal.
  • 5 Allelopathy Group, Department of Organic Chemistry, INBIO Institute of Biomolecules, Campus de Excelencia Internacional Agroalimentario (ceiA3), University of Caìdiz, 11510 Puerto Real, Caìdiz, Spain.
  • 6 INIAV – National Institute for Agrarian and Veterinarian Research, Estrada Gil Vaz, Ap. 6, 7350-901 Elvas, Portugal.
  • *fatima.duarte@cebal.pt

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