Jorge Faria Area Manager da SAKATA

Aumentar o consumo de abóbora é o objetivo central da iniciativa da Love Butternut, associação de produtores deste vegetal, dinamizada pela empresa de sementes Sakata, como nos adianta o seu Area Manager, Jorge Faria ao mesmo tempo que faz também uma análise à ultima campanha realizada na recente celebração do Halloween.

Jorge Faria • Area Manager da empresa de sementes Sakata

Quais os principais objetivos e atividades da Associação Love Butternut?

A Love Butternut é uma iniciativa de produtores portugueses e espanhóis que tem como missão promover o consumo de abóbora. O nosso slogan é “Amas-me? Dá-me Abóboras!” e pretendemos espalhar o amor por este vegetal através de uma estratégia de marketing conjunta. O nosso grande objetivo é estimular o consumo de abóbora que, em Portugal, é de apenas 0,85 quilos per capita. E mostrar a versatilidade gastronómica e os benefícios nutricionais deste alimento.

Fazemos duas grandes campanhas de promoção por ano: na altura do Dia dos Namorados e no Halloween.

A Love Butternut tem como associados produtores de abóbora e a empresa de sementes Sakata, que dinamizou esta iniciativa.

Porquê a constituição de uma associação ibérica?

Com esta união criamos sinergias entre os dois países, que são os principais produtores de abóbora da União Europeia. A partilha de recursos, ideias e estratégias de comunicação permite-nos ter mais e melhores meios para chegar aos consumidores. Juntos somos, mesmo, mais fortes.

Quantos produtores abrange neste momento, nos dois países e concretamente em Portugal?

Em Portugal, temos cerca de 30 associados e 80 em Espanha. Os produtores portugueses representam toda a produção nacional de abóbora butternut.

A Associação refere-se apenas à abóbora butternut ou abrange também outras variedades?

A Love Butternut pretende promover todas as variedades de abóbora, com especial incidência na Butternut que é a abóbora produzida em Portugal mais exportada. As variedades desta abóbora têm um elevado potencial produtivo, um teor de matéria seca e de Brix elevado e uma polpa cor de laranja intensa, o que é muito valorizado pelo consumidor. As plantas são bastante rústicas e com boa resistência ao oídio.

Qual a produção de abóbora em Portugal?

Portugal é o terceiro maior produtor de abóbora da Europa, logo atrás de Espanha e França. O volume de produção é de 60 mil toneladas e 90% da abóbora Butternut é destinada à exportação.

O consumo de abóbora em Portugal é de apenas 0,85 quilos per capita, o mesmo que em Espanha.

E o consumo, é o desejado?

O consumo de abóbora em Portugal, é de apenas 0,85 quilos per capita, o mesmo que em Espanha. Há um grande potencial de crescimento e é por isso que unimos esforços para realizar estratégias conjuntas de promoção e comunicação.

Apostamos nas redes sociais e em parcerias com chefes e influencers para divulgar todos os benefícios da abóbora e mostrar que não é apenas na sopa que pode ser utilizada. Queremos ajudar o consumidor a ter mais conhecimento, dando dicas de como preparar, descascar e cozinhar a abóbora, informação nutricional ou outras curiosidades.

Este ano para celebrar o Halloween, por exemplo, distribuímos mais de 3300 abóboras por 60 escolas nas regiões do Oeste e Ribatejo e promovemos um concurso de decoração, mas com foco no combate ao desperdício alimentar. Criámos uma receita de pizza de abóbora para mostrar como o consumo deste vegetal pode ser atrativo para as crianças. A adesão superou as nossas expetativas.

Queremos envolver cada vez mais produtores de abóbora portugueses e valorizar a produção nacional

Um ano depois do lançamento da iniciativa, que análise pode ser feita ao trabalho realizado?

O balanço é muito positivo e temos recebido mensagens de incentivo dos consumidores que não tinham ideia de que é possível fazer smoothies ou até produtos de cosmética com abóbora. Temos apostado também em ações específicas de promoção junto das grandes cadeias de distribuição. Desta forma estimulamos o consumo e reforçamos a produção nacional (…).

→ Leia a entrevista completa na edição de dezembro 2022 da Revista Voz do Campo.