Os plásticos são extensivamente utilizados na agricultura, desde as estufas a filmes de cobertura geral, que têm contribuído para aumentar o rendimento das culturas, particularmente relevante numa era em que a população mundial continua a crescer a um ritmo exponencial.

Todavia, há cada vez mais questões ambientais e de segurança alimentar que se colocam até porque o solo é um recurso finito o que levou a Comissão a adotar o Pacto Ecológico Europeu que preconiza transformar a União Europeia numa economia eficiente em termos de recursos. Em 2020 adotou um novo Plano de Ação para a Economia Circular que constitui um dos principais alicerces do Pacto Ecológico.

Reciclagem no fim de vida traduz-se em matéria-prima para a indústria

Os utilizadores dos plásticos na atividade agrícola estão cientes desta realidade, desde logo olhando para a sua reciclagem no fim de vida possibilitando que estes resíduos constituam uma matéria-prima para a indústria recicladora e permitindo deste modo que estes plásticos, após reciclados, se mantenham na economia sob a forma de novos produtos – economia circular, conforme pode ler-se nesta Reportagem, na entrevista a Nuno Aguiar, Diretor Técnico da APIP – Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos, mas também na informação avançada pela LIPOR que nas suas instalações receciona diversos resíduos de plásticos agrícolas, como por exemplo: plástico filme de estufa e cobertura de chão, fita gota-a-gota, tubo de rega e caixas de plástico, acabando assim por contribuir para a produção de produtos para uso agrícola através da disponibilização de matéria-prima.

Veja-se o caso do Tubo Invernadero, SL, fabricante do Tubo Verde Agrícola-Florestal Fortetub, que se apresenta no mercado como resultado de um estudo rigoroso da composição do material, dos efeitos sobre o ambiente e com provas de eficácia no terreno, sendo por isso certificado como fotodegradável. Ou seja, devido à sua composição de fabrico com polipropileno, U. V. ultravioleta e antioxidante, tem uma durabilidade de cinco anos, degradando-se gradualmente pela ação da luz solar à medida que as plantas se desenvolvem e crescem. Trata-se também de um produto reciclável devido aos materiais termoplásticos utilizados no seu fabrico.

E foi precisamente a preocupação com o meio ambiente que esteve na base da criação do Valorfito, designação do Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e Resíduos em Agricultura e tem como objetivo a recolha e gestão dos resíduos de embalagens primárias de produtos fitofarmacêuticos, biocidas e sementes de uso profissional. Este sistema permite dar resposta às necessidades dos produtores agrícolas de encontrarem um destino adequado para os resíduos de embalagens de produtos fitofarmacêuticos e de sementes, que são gerados nas suas explorações agrícolas, assegurando que toda a fileira agrícola possa cumprir a legislação em matéria da gestão dos resíduos de embalagens primárias de produtos fitofarmacêuticos e de sementes (…).

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