Introdução

Embora originária do sudoeste asiático, a laranja é um fruto que está presente na bacia do mediterrânio há vários séculos. A laranjeira tem sido cultivada na Península Ibérica desde o século IX¹ e, embora não nativa, a sua adaptabilidade às condições edafoclimáticas locais, em conjugação com o valor nutricional e os benefícios para a saúde dos seus frutos, fazem da laranja um dos componentes incontornáveis da dieta Mediterrânica². A Europa (terceira maior produtora mundial) conta com os países mediterrânicos, Portugal inclusive, um dos maiores produtores3 .

A laranja é um fruto consumido na sua maioria em fresco, mas parte também é utilizada em produtos transformados sendo o sumo a forma mais lógica quando se pondera o que fazer com o seu excesso. Todavia, compreende-se que o mercado do sumo não possa expandir ilimitadamente. Na eventualidade de os transformadores aumentarem muito a sua produção para utilizar o excesso de laranja, tal acarretaria alguns riscos para o mercado, podendo culminar numa saturação do mercado. Por outro lado, em termos nutricionais, o sumo 100% de laranja apresenta um teor reduzido em fibra alimentar, o que se revela uma desvantagem por aumentar a biodisponibilidade do açúcar da fruta, facilitando a sua absorção pelo organismo.

O ano de 2022 não foi ideal para o setor dos citrinos, levando alguns produtores de laranja a desistir da sua produção devido à falta de escoamento⁴ , consequência das alterações de dinâmicas dos mercados internacionais, causadas pela guerra na Ucrânia.

O projeto FUSILLI, financiado pela Comissão Europeia, centra-se em apoiar 12 cidades europeias para facilitar a transição para sistemas alimentares mais sustentáveis e saudáveis, em linha com as prioridades do FOOD2030 (…).

→ Leia o artigo completo na edição de janeiro 2023 da Revista Voz do Campo.

Autores: Mário Cristóvão1*, Alexandra Camelo1, Ana Martins1, Ana Silveira1, Ana Riscado1, Ana Rodrigues1, Cátia Baptista1, Helena Beato1, Vanessa Vasconcelos1, Luisa Paulo1, Inês Pitacas2, António Moitinho Rodrigues2,3, Christophe Espírito Santo1,4, Inês Brandão1,4
1 CATAA- Centro de Apoio Tecnológico Agro Alimentar, Zona Industrial de Castelo Branco, Rua A 6000-459 Castelo Branco.
2 Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Qt.ª da Sr.ª de Mércules, 6001-909 Castelo Branco, Portugal.
3 CERNAS-IPCB (project UIDB/00681/2020 funding by FCT), Castelo Branco, 6001-909 Castelo Branco, Portugal.
4 Universidade de Coimbra, Centro de Ecologia Funcional, Departamento de Ciências da Vida, Calçada Martim de Freitas, 3000-456 Coimbra, Portugal.
*mario.cristovao@cataa.pt

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