Resumo:

O Grupo Operacional Valorização do Trigo Duro de Qualidade Superior para o Fabrico de Massas Alimentícias foi uma iniciativa conjunta da fileira do trigo duro que decorreu entre 2018 e 2022. Contou com a participação de todos os players: da Investigação envolveu o INIAV/Elvas, o I.P. Beja/ESA, a FCT/UNOVA e o COTR, da Produção, a associação ANPOC e dois agrupamentos de produtores CERSUL e PROCEREAIS e, da Indústria, fez parte a Cerealis.

Objetivos

Este projeto permitiu avaliar a resposta de oito variedades de trigo duro submetidos a diferentes fracionamentos de fertilização azotada, de forma a identificar as condições mais adequadas ao binómio produção/qualidade. Paralelamente, tentou-se averiguar possíveis causas que estão na origem do elevado teor de cinzas do trigo duro nacional.

Introdução

Apesar das condições edafo-climáticas em Portugal favorecerem a qualidade do trigo duro para o fabrico de sêmolas e massas alimentícias, esta cultura tem sofrido um drástico declínio ao longo das últimas três décadas, havendo uma enorme procura pela indústria nacional, que tem aumentado ainda mais, pelo cenário de guerra, crise e pela incerteza que se vive atualmente nos mercados.

As variedades de trigo duro de qualidade, originam um elevado rendimento em sêmolas e possuem potencial tecnológico para o fabrico de massas alimentícias. Os parâmetros que condicionam a extração em sêmolas são o peso do hectolitro, o teor em cinzas e a vitreosidade do grão. Já o potencial tecnológico depende, fundamentalmente, da fração proteica (teor e composição) que influencia a qualidade do produto: viscoelasticidade da massa crua e qualidade culinária.

De um modo geral, as variedades que são utilizadas a nível nacional possuem elevado potencial tecnológico, estando em causa aspetos que afetam o rendimento em sêmolas (…).

→ Leia o artigo completo na edição de janeiro 2023 da Revista Voz do Campo.

Autores:
Bagulho, A.S.1,2, Moreira, J.1, Costa, R.1,2 Pinheiro, N.1,2, Gomes, C.1, Coutinho, J.1,2 Costa, A.1, Patanita, M.1,2, Dôres, J.4, Costa, M.N.4, Guerra, M.5, Maçãs, B.1
1 INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Polo de Elvas
2 GeoBioTec – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Campus da Caparica
4 IP. Beja/ESA –Departamento de Biociências, Instituto Politécnico de Beja
5 LIBPhys-UNL, Departamento de Física, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Campus da Caparica

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