As infestantes nas vinhas podem causar prejuízos de vária ordem. No início do ciclo da videira podem competir por água, luz e nutrientes o que se reflete no rendimento e qualidade da uva. Mais tarde interferem com a colheita, equipamento de pulverização, e outras operações culturais.

Figura 1 -Infestação de azevém-perene – população resistente ao glifosato – numa vinha do Douro

As vinhas jovens são mais sensíveis à interferência pelas infestantes (competição + alelopatia) do que as vinhas já instaladas. A competição pode diminuir a sobrevivência, retardar gravemente o crescimento da videira e prolongar o tempo antes da vinha entrar em produção. Nas vinhas estabelecidas, o período crítico da competição das infestantes vai desde a floração até à fase de ‘pintor’. Todavia a manutenção da flora residente durante o período de inverno pode ser benéfica, na conservação do solo, evitando a erosão e no acesso à vinha por facilitar a transitabilidade das máquinas e equipamentos agrícolas.

As infestantes podem também ser hospedeiros de pragas e doenças.

Por exemplo a erva-moira (Solanum nigrum L.; Solanaceae) é hospedeiro de ácaros como Tetranychus evansi Baker & Pritchard; acari: Tetranychidae), enquanto outras infestantes albergam inimigos naturais desta praga [1]. Espécies vivazes difíceis de controlar como a corriola (Convolvulus arvensis L., Convolvulaceae) e a urtiga-maior (Urtica dioica L.; Urticaceae) são hospedeiros do vector do fitoplasma que causa a doença bois noir em vinhas da europa [2]. Pelo que a gestão adequada das infestantes também cointribui para a redução de pragas e doenças.

Determinadas espécies de plantas, favorecem a biodiversidade da vinha, prestando serviços de ecossistema, por servirem de refúgio e fornecerem alimento (néctar, pólen, melada e/ou hospedeiros/presas alternativos) a artrópodes (aranhas, ácaros, insectos) benéficos. Por exemplo as espécies tágueda (Dittrichia viscosa L.; Asteraceae) e funcho  (Foeniculum vulgare subsp. pipperitum L.; Apiaceae) são fonte preferencial de néctar para polinizadores, no final do verão quando há poucas flores [3].

Por estas razões é necessária uma gestão sustentável das infestantes.

Os viticultores utilizam técnicas mistas na gestão de infestantes: aplicação de herbicida na linha, enrelvamento natural ou semeado ou na entrelinha [4]. A mobilização geral ou na entrelinha, foi durante muitos anos o método tradicional de gestão do coberto da vinha. Actualmente é cada vez menos utilizada, pelos problemas ambientais que acarreta (compactação do solo, erosão, elevado consumo de combustíveis fosséis) e pela nova condicionalidade, que limita a mobilização do solo até 1 de setembro.

A vegetação na linha e na entrelinha é tendencialmente diferente pelas condições de microclima nos dois ‘habitat’: maior humidade e ensombramento na linha, de videira, principalmente em vinhas regadas comparado com a entrelinha. No entanto o uso de herbicidas na linha está condicionado pela idade da vinha e sensibilidade da videira aos herbicidas.

O recurso exclusivo a métodos químicos tem selecionado populações resistentes a herbicidas em espécies que normalmente eram sensíveis. O risco para o consumidor e para o ambiente da utilização dos pesticidas de que os herbicidas não são exceção tem reduzido o número de s.a. disponíveis para controlar eficazmente as principais infestantes da vinha. Esta redução na disponibilidade de herbicidas diferentes e consequentemente de modos de acção diferente também contribui para o aumento do risco de resistências [5].

RESISTÊNCIA A HERBICIDAS

A resistência é capacidade hereditária de uma população infestante para sobreviver a um herbicida aplicado nas doses que, normalmente, a controlavam [6]. As populações resistentes desenvolvem-se porque os indivíduos resistentes sobrevivem e reproduzem-se, e a característica resistência é “seleccionada” na geração seguinte, enquanto os indivíduos susceptíveis são eliminados pelo tratamento com herbicidas. Se o tratamento continuar, a percentagem de sobreviventes seleccionados aumentará e a susceptibilidade da população diminuirá ao ponto de o herbicida já não proporcionar um nível aceitável de eficácia.

Na cultura da vinha conhecem se pelo menos 4 1 casos de infestantes com populações resistentes a herbicidas, a nível mundial [7]. Englobam 12 espécies diferentes e a herbidas com oito modos de acção diferentes. As resistências mais antigas (anos 1980 e 1990) correspondem ao herbicida simazina, que não está atualmente autorizado na UE. Desde o início dos anos 2000 e até hoje, a maior parte dos casos correspondem a resistência ao glifosato e incluem não só, casos únicos de resistência – Quadro 1, como também resistência múltipla a herbicidas com modo de acção diferente – Quadro 2.

Todas as espécies indicadas no quadro anterior, também existem em Portugal, revelando o potencial risco de ocorrência de resistência no nosso país. Todavia as resistências em Portugal foram identificadas apenas no género Lolium, L. rigidum e L. perenne em vinhas da região do Douro [8].

Um dos maiores problemas da resistência aos herbicidas é a resistência cruzada a outros herbicidas com o mesmo modo de acção ou a resistência múltipla para herbicidas com diferente modo de acção.

No quadro 1, os casos de resistência estão indicados pelo modo de acção (MdA) dos herbicidas, de acordo com o novo código HRAC [9]Este código refere-se ao processo fisiológico e enzima-alvo que são inibidos pela substância activa (s.a.), na dose recomendada de aplicação. Por exemplo herbicidas que inibem a fotossíntese actuando na proteína D1, um dos transportadores de electrões do cloroplasto, estão incluídos no código 5/C1-C2 (simazina); o glifosato, por seu lado, está incluído no grupo 9 /G, por actuar na biossíntese de aminoácidos e inibir a enzima-chave da via do shiquimato – EPSPS.

Figura 1 -Infestação de azevém-perene – população resistente ao glifosato – numa vinha do Douro

A indicação do código HRAC, além de apresentar de uma forma simplificada o MOA dos herbicidas, obviando a referência a nomes complicados de enzimas, tem como objectivo facilitar as recomendações de redução do risco de resistência e de resistência cruzada que pode ocorrer entre herbicidas que têm o mesmo modo de acção, isto é, por actuarem na mesma enzima-alvo.

No entanto não é suficiente conhecer o modo de acção dos herbicidas para avaliar o risco de resistência cruzada; é necessário aprofundar o tema e conhecer o mecanismo de resistência. Este pode ser classificado em dois grupos [10]:

Resistência no local de acção (TSR)-. Alterações na enzima-alvo correspondente ao modo de acção do herbicida: 1) por mutação, no gene que a codifica a enzima, esta torna-se insensível ao herbicida, ou 2) por sobre-expressão, a quantidade de enzima produzida é tão elevada que o pool de enzima funciona como uma esponja que absorve todo o herbicida disponível, mantendo ainda enzima livre em quantidade suficiente que não é inibida.

Resistência fora do local de acção (NTSR), corresponde a todos os processos de que a planta se serve para evitar que o herbicida atinja a enzima especifica. Assim, mesmo na presença do herbicida a enzima-chave não é inibida e a planta mantem-se viva. Os principais processos que desviam o herbicida do seu alvo, são a destoxificação, produzindo metabolitos não tóxicos (resistência metabólica) ou o sequestro do herbicida no vacúolo, impedindo de atingir as células dos meristemas, onde vai actuar.

Figura 2 – Eficácia de diferentes programas de herbicidas sobre uma população de azevém-perene (L. perenne) resistente ao glifosato. Apenas se indicam os herbicidas com eficácia > 85 %: 6 – cicloxidime /glifosato, 8 – flazasulfurão /glifosato, 11- cletodime/glifosato 13 – quizalofope-P-etilo/glifosato

Por exemplo o glifosato, é um herbicida único [11] pois não existem outras s.a. com o mesmo modo de acção. Por essa razão não existem casos de resistência cruzada simples mas sim casos de resistência múltipla. Em que uma planta é resistente a herbicidas com modo de acção diferente porque coexistem no mesmo individuo mais do que um mecanismo de resistência; mais do que uma mutação em enzimas diferentes ou mecanismos de TSR e NTSR em simultâneo – Quadro 2.

Em vinhas da Califórnia foram identificadas populações de avoadinha -peluda (Conyza bonariensis L., Asteraceae) que são resistentes ao glifosato e ao glufosinato de amónio em simultâneo. Noutras vinhas da mesma região são populações de azevém (Lolium multiflorum L.; Poaceae) resistentes ao glifosato com resistência cruzada múltipla ao paraquato e ao setoxidime.

Em Portugal foram realizados ensaios de campo com herbicidas com diferentes modos de acção e verificou-se que não havia resistências cruzadas entre o glifosato e o flazasulfurão, ou o amitrol para populações de azvém-perene (Lolium perenne L.; Poaceae) resistente ao glifosato [12]. Embora noutros países tenham sido confirmados populações de Lolium spp. com resistência múltipla a todos esses herbicidas. O que destaca a importância de conhecer detalhadamente as populações de cada país pois a evolução de resistência é um caso individual e único.

Este conhecimento pode ajudar a procurar alternativas para controlar as populações de infestantes resistentes. Todavia não é suficiente fazer alternância de modos de acção ou utilizar herbicidas mistos. A melhor estratégia é diversificar os métodos de controlo, diversificar o sistema cultural e conhecer bem as infestantes.

GESTÃO DE INFESTANTES RESISTENTES

A estratégia de prevenção e mitigação da resistência assenta em três pilares fundamentais [13]:

1 – Conhecer a biologia das infestantes: o que requer a sua identificação adequada

O conhecimento da biologia das infestantes é fundamental para a implementação de sistemas de gestão viáveis tanto do ponto de vista económico como ambiental. Convém conhecer não só a morfologia das plantas mas também a dormência e germinação de sementes, a fisiologia do crescimento, a capacidade competitiva e a biologia reprodutiva [14].

As áreas do conhecimento da bioecologia das infestantes que mais têm contribuído nos últimos tempos para a gestão sustentável das infestantes têm sido os estudos de dinâmica do banco de sementes do solo; de dormência/germinação aplicados à previsão da emergência das infestantes e estudos de competição/interferência [4].

2 – Evitar a produção e dispersão de sementes: para fomentar a depleção do banco de sementes do solo

Estas estratégias visam não só reduzir a população de infestantes à superfície do solo, que vai competir com as culturas, mas também prevenir que as plantas infestantes produzam novas sementes. É o empobrecimento gradual do banco de sementes do solo que contribui efetivamente para a redução da densidade de infestantes no longo prazo.

A deplecção do banco de sementes pode ser assegurada por: i) fomentar a germinação, através de técnicas de germinação suicida; (ii) evitar que as plantas produzam semente- eliminá-las antes da fase de floração; iii) reduzir a dispersão de sementes pelo vento, água, gado e equipamento.

3 -Diversificar os métodos de controlo: contribuindo para reduzir o risco de resistências

A diversidade de métodos disponíveis para o controlo de infestantes é elevada e estes podem ser conjugados em diferentes estratégias. Uma gestão sustentável baseia-se essencialmente em medidas profiláticas, preventivas, conjugadas com medidas indiretas, como as culturais (enrelvamento), que por sua vez são complementadas, quando necessário, com medidas diretas (métodos físicos, químicos e biológicos, incluindo o pastoreio).

Em França desde 2008, a estratégia de redução do uso de herbicidas (“Zero herbicides”), fomentada pelos problemas de resistência aos herbicidas e pelas restrições no uso de glifosato, pautou-se pelo exclusivo recurso à mobilização do solo ou pelo modelo misto mobilização na linha com enrelvamento na entrelinha. A transição para um modelo agroecologico coloca questões de ordem económica. Esta prática traz desvantagens do ponto de vista ambiental (erosão, perda matéria orgânica) associados ao aumento do custo (investimento em equipamento agrícola e de mão de obra, porque são necessárias mais horas de trabalho comparado com aplicação de herbicidas). Verificou-se uma perda de rendimento (5- 20 %) associado ao efeito mecânico sobre o sistema radicular das vinhas. No entanto, a videira para compensar a perda de raízes superificais procura um maior enraizamento em profundidade o que pode trazer vantagens futuras na maior adaptação e resistência à seca [15].

O enrelvamento da entrelinha, natural ou semeado foi sendo alargado a toda a vinha, incluindo muito recentemente também a linha. De facto, o enrelvamento natural da linha com vegetação residente pode reduzir eficazmente as infestantes desde que se assegure uma taxas de cobertura do solo elevada (superior a 70%). Este tipo de enrevalmento pode até suprimir infestantes resistentes como a avodinha (Conyza canadensis sin. Erigeron canadensis). O enrelvamento natural pode ser um método sustentável na gestão de infestantes do ponto de vista económico e ambiental em vinhas irrigadas [16]. Permite o controlo do vigor da vinha e da produtividade sem afectar negativamente a qualidade [17].

Alguns efeitos na qualidade foram assinalados num estudo realizado em Portugal: o enrelvamento não afectou o teor de acuçar no bago mas contribui para reduzir a acidez e o conteúdo em fenóis e antocianinas totais na película, sem afectar a qualidade do vinho [18]. O enrelvamento contribui para a gestão de infestantes, através de diferentes/vários mecanismos. A supressão alelopática em resultado da decomposição de resíduos de leguminosas, tais como trevos (Trifolium spp.), e resíduos de gramíneas tais como restolho de cereais (Secale cereale L.), ou de determinadas espécies de Brassicaceae. A supressão física das infestantes pode ser obtida através do corte na entrelinha em momentos estratégicos do desenvolvimento da videira e os resíduos transferidos para a linha como cobertura morta. Este método de cobertura morta, conhecido como “cortar e lançar”, inibe a germinação de sementes de infestantes na linha e demonstrou ser mais eficaz do que a aplicação de herbicidas ou a mobilização na redução da biomassa das infestantes [19].

No entanto as plantas adaptam-se aos ecossistemas. Se a gestão de infestantes se baseia numa única técnica, seja ela mecânica, química ou cultural. O que constitui um aviso para a necessidade de maior diversidade do ecossistema e das práticas culturais. No longo prazo, em vinhas com enrelavemnto assite-se ao aparecimento de vivazes, como ao grama (Cynodon dactylon L., Poaceae) que, se não forem atempadamente controladas podem dominar completamente a linha de videiras.  Esta espécie propaga-se vegetativamente por rizomas e coloniza o solo através de distribuição em manchas. Nestas situações a agricutlura de precisão pode dar o seu contributo [17].

A agricultura de precisão aplicada à gestão de infestantes (SSWM – Site specific weed management) inclui a pulverização dirigida apenas a manchas de infestantes ( em vez de visar a area total da cultura) e/ou a ajuste das aplicações do(s) herbicidas (s.a., dose, fase de crescimento) à densidade e composição do espectro florístico (infestantes de folha larga – dicotiledóneas, de folha estreira – gramíneas, ou populações resistentes aos herbicidas). A SSWM representa um processo em três etapas – diagnóstico, prescrição e intervenção [20]. A monitorização das infestantes (etapa de diagnóstico), consiste na detecção proximal (amostragem terrestre) ou remota de infestantes.

A tomada de decisões (etapa prescrição) refere-se à concepção de um plano de gestão de infestantes baseado no diagnóstico e noutras informações disponíveis (mapeamento georreferenciado de infestantes, por exemplo).  A quantidade de herbicida a aplicar pode ser reduzida pulverizando apenas manchas de infestantes ou ajustando a dose de herbicida. A redução das doses de herbicidas pode resultar num maior risco de resistência aos herbicidas. Para a optimização da dose de herbicida, isto é assegurar a manutenção da eficácia com doses reduzidas O quanto a dose recomendada pode ser reduzida, é determinado por interacções complexas entre muitos factores, tais como cada espécie de infestante, o esatdo de desenvolvimento de cada planta (infestante e cultura), as condições edafo-climáticas, as práticas culturais, a formulação do herbicidas e até o rendimento da cultura [21].

A agricultura de precisão aplicada à gestão de infestantes em cereais, permitiu já a redução de 20- 40% na quantidade de herbicida aplicado sem enriquecer o banco de sementes da cultura seguinte [22].

Caminha-se a largos passos para uma era da robótica aplicada à gestão de infestantes (Robotic Weeding Era), em que, equipamentos para intervenção química, mecânica ou térmica, apoiados em tecnologias de detecção das infestantes (weedsmart) e utilizando sistemas de apoio à decisão (DSS) contribuem para a redução do uso de pesticidas [23].

Um aspecto positivo da resistência adquirida aos herbicidas, é que pode acelerar a implementação de estratégias de protecção integrada uma vez que os herbicidas deixam de constituir as únicas ferramentas eficazes no controlo das infestantes. Só com a conjugação dos métodos químicos com métodos culturais, mecânicos e eventualmente biológicos, se poderão atingir eficácias aceitáveis e em harmonia com o ambiente [24].

Referências →
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Autoria: Blog – Syngenta.