Jorge Neves Presidente da Anpromis

“Face às suas necessidades de cereais a Europa devia pensar um pouco melhor como deve diminuir este risco. No meu entender o diminuir este risco era aumentar a produção interna.

Neste momento a Europa está a perder uma oportunidade histórica. Face àquilo que tem sido a consequência da Guerra e esta alteração dos fluxos mundiais de matérias-primas até com a intervenção da China no mercado, a Europa tem de rever o seu posicionamento face à biotecnologia. No meio deste envolvimento todo, o parceiro mais fiável é o Estados Unidos. Devíamos pensar que os Estados Unidos devia ser o nosso parceiro comercial no caso do milho, mas esbarramos na questão da biotecnologia. Isto é uma teimosia da Europa que não quer perceber o que se está a passar no mundo, porque há um conjunto de ferramentas da utilização na genética em prol do desenvolvimento da atividade agrícola que devia ser encarada de uma vez por todas e a Europa não se pode colocar numa situação de fingir que nada acontece no mundo, onde estamos a perder competitividade todos os dias”.

 

Entrevista relacionada:

❝ O risco da atividade neste momento é muito superior porque estamos a falar numa conta de cultura em que aumentou em mais de 50%