A natureza dotou as plantas da capacidade (melhor será mesmo dizer necessidade) de se associarem aos microrganismos do solo. Os microrganismos do solo são um dos grandes responsáveis pela biodiversidade na Terra sendo também um dos maiores fixadores de carbono no planeta. Nos últimos 50 anos muitos estudos revelaram que a saúde de um solo está diretamente ligada à comunidade microbiana deste e que o microbioma da rizosfera é responsável pela saúde não só do solo, mas também da planta correspondente.

Ao desenvolver biofertilizantes como o Kiplant AllGrip a Asfertglobal seleciona estirpes de bactérias rizosféricas que se destacam pela capacidade de aumentar a disponibilidade de nutrientes na rizosfera. Estes microrganismos, durante a sua fermentação em fábrica e depois de já aplicados no solo, ao multiplicarem-se produzem uma quantidade considerável de metabolitos que não só melhoram a disponibilidade de nutrientes para a planta mas também a ajudam a ser mais resiliente aos stresses abióticos (cada vez mais preocupantes devido às alterações climáticas) com a produção de fitohormonas (p.e. o Acido Indol-3-acetico) ou enzimas como a ACC deaminase que limita os níveis de etileno na planta evitando paragens no crescimento como resposta ao stress. Dentro destes metabolitos encontram-se substâncias cuja função é inibirem o desenvolvimento de outros microrganismos (patógenos) que em vez de contribuírem positivamente para o microbioma, afetam-no ao atacar a planta que é a base da rizosfera. Esta ação dos metabolitos secundários vê-se multiplicada várias vezes pelo efeito que o biofertilizante na planta e nos restantes microrganismos do solo, fazendo com que fungos micorrízicos e Trichoderma spp. aumentem a sua população bem como, por exemplo, outras estirpes autóctones de bactérias do género Bacillus e Pseudomonas que continuando a solubilizar elementos como o Fósforo se destacam pela sua capacidade de produzir compostos antibióticos e de resistência ao stress (…).

Autoria:
Pedro Sebastião
Diretor Técnico | Asfertglobal