Agribusiness. Já ouviu falar? Um estrangeirismo bem demonstrativo do interesse crescente que o setor agrícola tem despertado para o investimento. Na prática, trata-se da associação do conceito “negócio” à agricultura.

A verdade é que os últimos anos tornaram o setor agrícola terreno fértil em oportunidades de negócio. Os mais de 55 mil milhões os euros por si gerados, segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, talvez ajudem a explicar o motivo.

Após vários anos em que o investimento esteve de costas voltadas, a agricultura tem visto florescer tendências e aguçado o espírito empreendedor.

Mas que tendências são essas? Quais as oportunidades que oferece o setor? Com este artigo, vai conhecer algumas sugestões de negócio na agricultura.

Microculturas

A crescente procura do consumidor por produtos frescos, de confiança e qualidade, abriu espaço ao negócio das microculturas. De forma simples, a microcultura é a produção de superalimentos vendidos vivos ao consumidor. Agora, imagine: levar para casa alimentos ainda por colher. Vai satisfazer as exigências de qualquer um. Principalmente dos habitantes dos grandes centros urbanos, há muito afastados de uma experiência alimentar que lhes permite comer aquilo que colhem.

Para além disso, as técnicas utilizadas, fazem destas culturas ricas em proteínas, aminoácidos, enzimas, vitaminas e antioxidantes, dando origem aos superalimentos.

A cultura pode ser micro, mas os produtos são super. E o negócio, também.

Produção para alta cozinha

E por falar em qualidade, já pensou em produzir para alta cozinha?

Quando falamos nesta produção, a qualidade é mesmo a palavra de ordem. Por isso, a exigência está sempre presente. Mas a rentabilidade também.

Falamos de um negócio de nicho, que procura produtos de origem local, orgânicos, ricos em sabor e produzidos de forma quase artesanal. Podem ser vegetais, ervas e especiarias frescas, e carne de alta qualidade. Ou o que tão bem sabemos produzir: vinhos, queijos e azeite.

Algum deles lhe deixou com água na boca?

Plantas aromáticas, medicinais e condimentares

Muito valorizadas pela indústria farmacêutica e cosmética – para além da alimentar – a produção destas plantas pode ser um investimento a considerar.

Trata-se do cultivo de produtos com grandes propriedades curativas ou perfumadas usadas para fins terapêuticos ou de beleza. Aqui, podem-se destacar dois: a lavanda e o açafrão. Ambas, encontram no mercado preços atrativos e, no nosso país, condições ideais.

A lavanda é dos mais atrativos, em resultado das suas várias utilizações comerciais: loções, óleos essenciais, entre outros. Mas a sua atratividade, deve-se, também, às baixas exigências de solo e clima.

Já o açafrão é, somente, uma das especiarias mais caras do mundo. Para produzir meio quilo, são necessárias 50 mil flores. No entanto, é um número que se consegue em cerca de um hectare.

Fruticultura de sequeiro

Como o próprio nome indica, estamos a falar do setor da agricultura que se dedica ao cultivo de árvores de frutos secos. Esta é uma cultura ideal para zonas de baixa disponibilidade de água. Significa que, em Portugal, é no Alentejo que se encontram as melhores condições para este investimento.

Segundo dados da CBRE, esta região tem-se destacado, precisamente, pela procura de investimento estrangeiro com vista à produção de amêndoa e outros frutos secos.

Plantas ornamentais e flores comestíveis

O cultivo de plantas ornamentais não é, propriamente, uma novidade. Mas a sua rentabilidade também não. Este é considerado um dos setores com maiores proveitos para os seus produtores.

A atratividade deste mercado, é reforçada ainda pelas boas condições edafo-climáticas do território português para a produção destas plantas.

Na mesma linha, mas mais recente, é a produção de flores comestíveis. Embora não muito comum na culinária portuguesa, certo é que em países como França, Itália ou Japão conquista muitos paladares. Por cá, vai ganhando terreno, mas ainda é mais procurada pelo setor da restauração.

A todas estas sugestões pode, se quiser, elevar-lhes a qualidade do processo produtivo. Basta optar por uma corrente cada vez maior no setor: o agrobio. Uma atividade que se desenvolve em sintonia com as preocupações ambientais e qualidade do produto final.

A agricultura biológica já é mais do que uma tendência, ao ponto de estar regulamentada pela União Europeia. No entanto, a sua procura continua a aumentar, não só por prescindir do uso de químicos, mas pela intensidade dos sabores dos seus alimentos.

Em suma, por entre as mais delicadas flores que lhe vão para o prato, pela frescura das microculturas, ou pelo perfume das plantações, são várias as oportunidades que merecem um olhar atento na agricultura.

Fonte: InstaCrédito – Projeto da Gestlifes, intermediadora de crédito 100% online registada no Banco de Portugal.