Através das Cooperativas e Federações que a integram a CONFAGRI – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal CCRL, representa na ordem dos 300 mil agricultores dos mais diversos setores agrícolas.

Idalino José da Silva Leão, Presidente do Conselho de Administração da CONFAGRI

Há quase um ano o cargo de presidente do Conselho de Administração foi ocupado por Idalino José da Silva Leão que objetiva reforçar o papel da CONFAGRI e das cooperativas portuguesas no setor agrícola nacional e que esse reforço se traduza numa melhoria das condições do exercício da atividade agrícola no nosso país, tanto a nível económico, social e ambiental.

Em Entrevista explica-nos algumas das ideias para atingir estes objetivos e conta-nos também os principais problemas com que se deparou.

Sendo composta por várias Federações, explique-nos um pouco o funcionamento da CONFAGRI.

A CONFAGRI tem na sua estrutura associada 9 Federações e uma União de Cooperativas que representam os seguintes subsetores: Leite, Vinho, Horto-Frutícolas, Azeite, Pecuária, Floresta, Aprovisionamento de Fatores de Produção, Floresta, Mel, Sanidade Animal e ainda o Crédito Agrícola Cooperativo. Estas Federações associam, por sua vez, um vasto conjunto de cooperativas agrícolas que representam cerca de 300 000 agricultores de todo o país.

Todas as Federações, através dos respetivos Presidentes estão representadas no Conselho de Administração da CONFAGRI e indicam os seus Delegados para a Assembleia Geral da CONFAGRI.

A CONFAGRI dispõe ainda de um Conselho Geral, órgão de consulta do Conselho de Administração da CONFAGRI, que integra os membros das Direções das Federações associadas, para além de personalidades de reconhecido mérito do setor agrícola e cooperativo português. Deste modo, garantimos uma auscultação e uma participação ativa das nossas Federações setoriais na vida da Confederação.

Pugnamos ainda por um contacto muito estreito com todas as organizações agrícolas locais ligadas à CONFAGRI, nomeadamente no âmbito da prestação dos serviços aos agricultores. Trata-se de uma verdadeira cooperação técnica e operacional de apoio aos agricultores em diversos domínios: candidaturas aos incentivos disponíveis, aconselhamento agrícola e florestal, parcelário agrícola, registo e identificação animal (SNIRA) e formação profissional, entre outros.

A CONFAGRI tem na sua estrutura associada 9 Federações e uma União de Cooperativas que representam os seguintes subsetores: subsetores: Leite, Vinho, Leite, Vinho, Horto-Frutícolas, Horto-Frutícolas, Azeite, Pecuária, Azeite, Pecuária, Floresta, Floresta, Aprovisionamento de Fatores de Produção, Produção, Floresta, Mel, Floresta, Mel, Sanidade Animal Sanidade Animal e ainda o Crédito Agrícola Cooperativo. Cooperativo. Estas Federações associam, por sua vez, um vasto conjunto de cooperativas agrícolas que representam cerca de 300 mil cerca de 300 mil agricultores de todo o país. todo o país.

Destaco ainda o corpo técnico da CONFAGRI, muito profissional e experiente, que acompanha todas as questões inerentes à aplicação da política agrícola, bem como os problemas que as organizações locais enfrentam. Assinalo também a nossa presença em Bruxelas, desde a nossa adesão à Comunidade Económica Europeia, com uma Representante Permanente, que nos permite acompanhar e participar no processo de decisão da Política Agrícola Comum e estabelecer relações frutuosas com as nossas congéneres da UE.

Quase um ano à frente da CONFAGRI, quais foram os principais problemas com que se deparou?

São muitos os desafios, tornando-se difícil selecionar só alguns, no entanto, atrevo-me a elencar três: o da competitividade e crescimento, o da comunicação e o da capacitação do setor cooperativo agrícola.

Com efeito, o incremento dos custos de produção da fileira devido à pandemia e à guerra têm aumentado em linha com a inflação registada em Portugal. Aquilo que é exigido ao setor é a produção de alimentos de grande qualidade, respeitando normas muito exigentes de segurança alimentar, ambiente e bem-estar animal, mas praticando preços muito acessíveis o que conjugado com uma política agrícola comum que progressivamente vem desvalorizando a produção de alimentos, torna a atividade pouco rentável e aliciante (…).

Edição de março 2023