A Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores – FPAS – está a organizar o X Congresso Nacional de Suinicultura cujo tema central será a sustentabilidade da atividade.

Durante dois dias (12 e 13 de abril) o Teatro Municipal de Ourém será o palco onde será discutida a estratégia de desenvolvimento e crescimento do setor e da fileira.Em Entrevista o presidente da FPAS, David Neves, antecipa alguns dos oradores e temas centrais do Congresso, mas deixa-nos também uma análise mais detalhada do setor que continua a debater-se com a complexidade e morosidade dos processos de licenciamento.

Que balanço pode ser feito destes (quase) dois anos de mandato?

O balanço é genericamente positivo. Este mandato teve início em plena pandemia, mas isso não impediu que os projetos da FPAS fossem avançando, desde logo com a assinatura do protocolo com o ISA, a UTAD e a UÉvora do Roteiro para a Sustentabilidade Ambiental do setor, vimos reconhecida a viabilidade de construção da ExploraçãoEscola na Herdade do Bonito, em Santarém e, em período de crise no último trimestre de 2021 e primeiro trimestre de 2022, trabalhamos com o Ministério da Agricultura para melhorar a situação do setor, tendo resultado em que pela primeira vez houve um apoio direto aos suinicultores, no montante de 6,4 milhões de euros.

Cabe também aqui uma palavra de reconhecimento à Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, que se bateu interna e externamente pela implementação deste apoio, constituindo junto do seu gabinete uma comissão de acompanhamento do setor suinícola, da qual fez parte integrante a FILPORC.

No âmbito da FILPORC, a FPAS assumiu a Presidência há um ano, o ano de implementação da certificação em bem-estar animal, havendo um forte trabalho no âmbito da abertura de novos mercados, nomeadamente asiáticos.

Na fase de discussão do PEPAC interviemos no sentido de serem considerados ecorregimes no âmbito do bem-estar animal e da valorização agrícola de efluentes, que vimos serem consumados.

Qual é neste momento o panorama da suinicultura em Portugal? Quais as principais ameaças e oportunidades?

O panorama da suinicultura em Portugal segue o cenário macroeconómico internacional, ou seja, de grande indefinição provocada por diversos fatores: desde logo a volatilidade e instabilidade dos mercados das matérias-primas motivada pela guerra na Ucrânia, a proliferação de problemas sanitários que alastram pela Europa central e consequentes bloqueios de mercados internacionais (…).

→ Leia a entrevista completa na edição de abril 2023 da Revista Voz do Campo.