Biofrade: produção própria a rondar os 60 hectares, predominantemente hortícolas frescos e também produtores frutícolas das mais variadas espécies.

Local: Lourinhã

  • António Gomes:

A Agricultura Biológica tem vindo a desenvolver-se positivamente. Quando começámos praticamente não existia nada, nós e mais meia dúzia de agricultores fomos os pioneiros. Quando já existiam alguns produtores faltavam os locais de venda. Mais tarde começámos a comercializar junto dos supermercados e passámos a oferecer produtos biológicos de forma regular, sobretudo na grande Lisboa e no grande Porto. Foi a partir do ano 2000 que se deu o grande crescimento, demos muita formação e passámos a ter visitas de estudo diárias.Quando começámos, não havia nada, o que aplicávamos na maior parte das culturas eram “mezinhas”, para além de algum cobre e enxofre. Hoje, apesar de estarmos muito mais avançados, ainda falta organização quer na produção quer na parte comercial. Tem de haver mais formação junto dos produtores e adequar as suas explorações. Temos de fazer uma verdadeira reconversão da exploração agrícola, com um conjunto de culturas que promovam uma rotação completa nos terrenos, a fertilização tem de ser orgânica na maior parte e a restante com produtos naturais, o controlo de infestantes tem de ser feito de forma mecânica e é preciso conhecer bem as variedades devido à sensibilidade a determinadas doenças. Enfim, há todo um leque de conhecimento e experiência a ter em conta.

Em termos de acompanhamento e envolvência das entidades oficiais, tenho a dizer que as únicas coisas que existem são as ajudas agroambientais, apesar de não serem apenas para a Agricultura Biológica. Os nossos governantes vão tentando adequar as regras de acordo com o que a Europa vai ditando, mas diz-se muito e faz-se muito pouco (…).

→ Leia o artigo completo na edição de abril 2023 da Revista Voz do Campo.

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