Produtora diversificada, desde citrinos (laranja, limões e ancores), frutos secos (alfarroba e nozes) e subtropicais (abacate, mangas e anonas).

Local: Silves (Algarve)

  • Júlia Coelho:

A agricultura biológica em Portugal tem vindo a crescer mas apesar disso e das medidas estratégicas em curso para a promoção da expansão das áreas em MPB, os incentivos são poucos e contêm muitos processos burocráticos que envolvem demasiadas entidades públicas o que acabam por desincentivar os agricultores. Provavelmente este é um fator que associado à baixa rentabilidade do setor a curto prazo afasta a geração jovem. Relativamente aos consumidores, pode referir-se que embora exista cada vez mais uma consciência social e ambiental relativamente ao planeta e uma preocupação com o bem-estar, estilo de vida e alimentação saudável, ainda há pouca informação sobre a importância de optar pelo consumo de alimentos biológicos e dos efeitos na saúde a curto e longo a prazo.

É frequente, por exemplo, a confusão entre alimentos frescos ou tradicionais com alimentos biológicos, o que é totalmente errado. Os consumidores não sentem total confiança nos produtos certificados, por desconhecimento da diferença entre as práticas de produção entre produtos biológicos e convencionais. Alguns ainda confundem termos como “fresco”, “natural”, “tradicional” com biológico, e muitos fogem dos produtos certificados, porque associam a um produto mais caro e não a um com mais qualidade. Falta muita informação ao consumidor e se existissem mais compras regulares a economia do setor poderia crescer.

Apesar de existirem algumas medidas de apoio à agricultura em MPB, existem ainda muitas dificuldades ao nível da produção e da comercialização.

Os grandes distribuidores preferem comprar os produtos no mercado externo porque noutros países existe mais facilidade em concentrar os produtos num só local. Um agricultor em MPB possui pequenas parcelas com diversas culturas em pequenas quantidades, não conseguindo competir com as OP (Organização de Produtores) de outros países (…).

→ Leia o artigo completo na edição de abril 2023 da Revista Voz do Campo.