Gabriela Cruz • Presidente da APOSOLO
“Tendo como pano de fundo a definição da FAO, de que a alimentação e agricultura sustentáveis disponibilizam alimentos nutritivos e acessíveis a todos, e asseguram que os recursos naturais são geridos de forma a manter as funções do ecossistema capazes de apoiar as necessidades humanas atuais e futuras, não tenho dúvidas de que o futuro da Agricultura exigirá a adoção de práticas sustentáveis, de que são exemplo as práticas de AC.
As práticas sustentáveis respondem à necessidade do aumento da eficiência dos fatores de produção, à maior consciência ambiental, às imposições dos consumidores, às orientações da política nacional e europeia, e aos elevados custos dos fatores de produção.
A AC fará assim parte da solução, todavia seria necessário que em Portugal existissem formas de estimular o agricultor a uma lógica de preservação do solo, promovendo que os agricultores adotassem, a seu ritmo, práticas de AC ajustadas às suas exigências e realidades.
Na ausência de incentivos adequados, a adoção da AC será mais lenta e difícil, sendo necessário os agricultores, Associações, IDT e empresas de fatores de produção assumirem, apesar das suas limitações humanas e financeiras, a responsabilidade de desenvolver, demonstrar e transferir conhecimento capaz de promover a adoção das práticas de AC em Portugal.
Gostaria que em Portugal a área em AC registasse um franco aumento, representando, em 2030, 15% e, em 2050 30-40% da SAU”.
→ Leia a entrevista exclusiva na edição de novembro de 2022.