Eduardo de Oliveira e Sousa Presidente da CAP

“O mote de todas estas manifestações que estão a decorrer no país, prendem-se com uma manifesta competência de gestão dos interesses da agricultura nacional com a equipa ministerial que Portugal tem na pasta da agricultura. Há nitidamente uma saturação do setor face a tanta incompetência e agora à medida que vão avançando medidas atrás de medidas, atitudes atrás de atitudes em termos governativos que diminuem a importância do Ministério da Agricultura e retiram-lhe competências e a ministra fica toda satisfeita, é uma situação que nós não podemos pactuar com ela e temos de nos indignar de uma forma expressiva.

A ministra diz que vai ficar tudo na mesma, então se vai ficar tudo na mesma porque é que se mexe? As direções regionais vão ficar sem cabeça e os CCDR não vão ligar patavina à ministra porque as CCDR pertencem ao Ministério da Coesão, portanto ela vai-se atirar para um pântano que ao fim de 2/3 anos as CCDR engoliram os funcionários e têm os funcionários a fazer outros assuntos e o ministério fica desmantelado, numa altura em que há uma espécie de descentralização vai se mexer no único setor que já estava descentralizado, isto está tudo errado e não foi dialogado connosco, não foi minimamente explicado, é tudo no ar, é tudo talvez, vão ver que não é, não poder ser assim”.

• Extrato de entrevista concedida à Antena 1.

 

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