No passado dia 17 de maio, realizou-se em Valpaços, a 7ª Edição do Congresso Nacional do Azeite, organizado pelo Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL) em parceria com a Câmara Municipal de Valpaços.

Este evento foi um marco importante na cooperação e promoção do azeite, evidenciando o esforço conjunto de diferentes regiões para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades no setor.

Cooperação e Promoção:
O Congresso Nacional do Azeite é uma vitrine do excelente trabalho e partilha entre diversas regiões produtoras de azeite em Portugal. O evento reuniu várias entidades, especialistas e produtores, todos unidos por um objetivo comum: promover o azeite português, um produto que é símbolo de qualidade e tradição. Esta cooperação é digna de aplausos, pois fortalece a indústria e contribui para a valorização do nosso produto no mercado internacional.

Enfrentando Desafios: Alterações Climáticas, Doenças e Escassez de Água
Os desafios enfrentados pelo setor olivícola são significativos. As alterações climáticas têm um impacto direto na produção de azeite, alterando padrões climáticos que afetam o crescimento das oliveiras. Além disso, doenças que atacam o olival, como a Xylella fastidiosa, representam uma ameaça constante. A escassez de água, especialmente em regiões mais áridas, é outra preocupação crítica. Para superar esses obstáculos, é fundamental o apoio contínuo, incluindo a utilização de fundos europeus para investir em tecnologias inovadoras e práticas sustentáveis que possam garantir a resiliência do setor.

O Azeite: Exemplo de Superação e Inspiração
O azeite português é uma prova de que somos capazes de enfrentar desafios e sair vitoriosos. É um produto que serve de exemplo e inspiração, não só pela sua qualidade, mas também pela forma como a indústria tem sabido adaptar-se e inovar. Portugal é autossuficiente em azeite, uma conquista notável que reflete o esforço e dedicação de todos os envolvidos na cadeia de produção.

Portugal: Um Protagonista no Mercado Mundial de Azeite
Portugal é o sexto maior produtor mundial de azeite e o quarto na Europa. Em 2023, as exportações de azeite superaram os 1000 milhões de euros, com Espanha (54%) e Brasil (26%) sendo os principais destinos. Estes números são um testemunho da excelência do azeite português e da capacidade competitiva do nosso país neste setor. No entanto, para continuar a crescer, é vital reforçar a internacionalização, buscando novos mercados e aumentando a produção.

Reforço das Exportações: O Caminho para o Futuro
O futuro do azeite português passa pela expansão dos mercados internacionais. Reforçar a internacionalização significa não só aumentar as exportações, mas também diversificar os destinos, minimizando riscos e aproveitando novas oportunidades. Este caminho exige investimento em marketing, qualidade e inovação, bem como políticas de apoio que facilitem o acesso a novos mercados.

A 7ª edição do Congresso Nacional do Azeite em Valpaços foi um sucesso e um exemplo de como a união e a cooperação entre regiões podem fortalecer um setor tão emblemático para Portugal. Enfrentar as alterações climáticas, as doenças do olival e a escassez de água são desafios que exigem a nossa atenção e o uso inteligente de fundos europeus. O azeite português, pela sua qualidade e capacidade de adaptação, continua a ser um motivo de orgulho e uma inspiração para todos nós. Aumentar a produção e reforçar as exportações são passos cruciais para assegurar o futuro próspero deste setor, consolidando Portugal como um protagonista no mercado mundial de azeite.