A sustentabilidade da produção de pequenos frutos com recurso à utilização de microrganismos promotores do crescimento das plantas.

Sabe-se hoje que as culturas que crescem em solos/substratos ricos em microrganismos são mais resistentes a stresses bióticos e abióticos porque os microrganismos são parceiros essenciais nos processos fisiológicos das plantas, ajudando a melhorar de forma natural a produtividade e a rentabilidade de todas as culturas, nomeadamente os pequenos frutos, sejam eles produzidos em solo ou em hidroponia.

Assim, a aplicação de biofertilizantes à base de microrganismos, nomeadamente à base de bactérias promotoras do crescimento das plantas (PGPR – “Plant Growth Promoting Rhizobacteria”) é hoje uma alternativa biológica que se destaca pela sua capacidade de melhorar a rentabilidade das culturas e a saúde do solo, utilizando microrganismos que permitem, por exemplo, mineralizar matéria orgânica, solubilizar nutrientes e/ou fixar o azoto atmosférico, reduzindo a atual dependência de adubos de origem química.

Como sabemos, a utilização massiva de fertilizantes de origem química tem consequências negativas para sustentabilidade económica e ambiental, como a degradação dos solos, a libertação de gases com efeito de estufa como óxido nitroso, o risco de poluição química dos solos por nitratos e a contaminação dos aquíferos. Acresce ainda o custo cada vez mais significativo que estes fatores de produção representam nas contas de cultura, agravados com o aumento do custo das matérias-primas e dos combustíveis, à qual se junta a diminuição da disponibilidade de produtos de síntese química como fitofármacos e fertilizantes.

No que toca à nutrição das culturas, o recurso a microrganismos apresenta-se não só como uma alternativa com menor peso nas contas de cultura, como também ambientalmente mais sustentável.

Os microrganismos apresentam uma imensa diversidade genética e desempenham funções únicas e fundamentais na manutenção de ecossistemas, como componentes fundamentais de cadeias alimentares e ciclos biogeoquímicos.

Mas, o que são e como funcionam os biofertilizantes da Alltech® Crop Science à base de bactérias promotoras do crescimento das plantas?

Cientes da incontornável importância de um solo/substrato saudável e com um perfil equilibrado para que as plantas possam expressar todo o seu potencial produtivo, as soluções de biotecnologia Alltech® Crop Science utilizam uma nova e exclusiva seleção de microrganismos autóctones como são as rizobactérias Azospirillum brasilense, Pseudomonas putida ou Bacillus megaterium que estão na base de produtos como o Contribute® ibNP e o Contribute® ibK.

O Contribute® ibNP é um produto que combina dois tipos de rizobactérias considerados benéficos e com carácter fertilizante: Azospirillum brasilense e Pseudomonas putida.

As bactérias do género Azospirillum são fixadoras biológicas de azoto e produtoras de substâncias promotoras de crescimento. Estas bactérias conseguem converter o Azoto (N2) presente na atmosfera em formas que podem ser assimiláveis pelas plantas (NO3 e NH4+). Os benefícios na produção e no rendimento dos pequenos frutos pela inoculação com Azospirillum foram demonstrados por diversos autores, confirmam assim que a aplicação deste biofertilizante favorece a interação solo-microrganismo-planta. Outro mecanismo que permite que o Azospirillum brasilense promova o crescimento e desenvolvimento das plantas é a produção de compostos que ajudam nos processos metabólicos das plantas, como as fitohormonas como ácido indol-acético, giberelinas ou citoquininas (…).

Mais informações em: www.alltech.com/crop-science

→ Leia o artigo completo na Revista Voz do Campo: edição de maio 2024

Cortesia Fotos: Nídia Pita

Autoria: Nídia Pita, Technical Representative Alltech® Crop Science Portugal