Atualmente a Fenadegas, representa 45 Adegas Cooperativas com mais de 18 mil viticultores tendo quase 30 mil hectares em produção no seu conjunto que produzem uma grande variedade de vinhos provenientes de um vasto número de regiões vinícolas.
A Fenadegas e os seus associados adaptaram-se às características dos diversos períodos históricos e económicos, e um dos grandes desafios foi a entrada de Portugal na CEE, momento em que a dinâmica de modernização, inovação, comercialização, qualidade, quantidade e o saber fazer passam a ser vetores obrigatórios na atuação junto dos novos mercados.
Hoje, num mercado mais global as Adegas Cooperativas enfrentam novos desafios ao nível da promoção e comercialização dos seus produtos. A Fenadegas, assume a missão de apoiar e projetar esse esforço das suas associadas. Com uma próxima vindima promissora à vista, a Fenadegas está atenta aos desafios críticos que afetam o setor, especialmente o problema do excesso de stocks de vinho, um problema que se vem acumulando devido a diversos fatores, entre eles, as importações de vinho de outros países, especialmente da Espanha.
“Estamos com um excesso de stocks que vêm de um acumular de situações anteriores, como por exemplo o excesso de importações de vinho de outros países, nomeadamente de Espanha”, afirmou António Mendes à nossa reportagem durante a última edição da Feira Nacional de Agricultura que decorreu em Santarém. O dirigente realça que em 2023, “Portugal produziu 7,7 milhões de hectolitros de vinho, equivalente a 770 milhões de litros, enquanto as vendas totalizaram apenas 87 milhões de litros. Essa discrepância criou um excedente de aproximadamente 120 milhões de litros, que deveria ser suficiente para abastecer o mercado interno. Porém, as importações foram de 300 milhões de litros, ou seja, importamos a mais 180 milhões de litros de vinho (…). Temos de fazer um combate forte para minimizar essas importações e para tornar a nossa agricultura mais forte, para defender o nosso território” (…).
