Segundo José Gomes Laranjo, professor da UTAD e secretário-geral da RefCast, o evento Judia com Futuro, “é o exemplo do trabalho que começou com a RefCast: juntar pessoas, fazer com que as pessoas se conhecessem”, afirma, sublinhando que a Judia com Futuro já transcende as fronteiras do concelho de Valpaços, com participantes de diversas regiões de Portugal, como Sabugal, Guarda, Trancoso e Chaves, além de visitantes de Espanha.

José Gomes Laranjo, professor da UTAD e secretário-geral da RefCast

Para José Gomes Laranjo, o interesse crescente no evento reflete a importância das pessoas na fileira, mas também a preocupação que paira devido às pragas. “Esta é a responsabilidade que nós temos: saber passar a informação e a boa informação”, realça.

À nossa reportagem, o especialista, alerta para a ideia errada que persiste entre muitos consumidores e comerciantes: a castanha como sendo um fruto seco como a amêndoa e a noz. “A castanha não é um fruto seco”, esclarece José Gomes Laranjo.

“Enquanto a amêndoa e a noz possuem características que permitem ser armazenados e expostos em prateleiras sem grandes cuidados – devido ao seu baixo teor de humidade e alta concentração de matéria orgânica – a castanha apresenta uma composição completamente diferente. A castanha tem 50% de água e só 1% de matéria orgânica”, explica. Este facto torna a castanha muito mais delicada em termos de conservação, exigindo condições específicas para manter a sua qualidade.

“A castanha tem que ter condições próprias de conservação, na exposição das prateleiras, para que, de facto, o comércio coloque nas mãos do consumidor um produto de qualidade como o preço o merece”, previne.

→ Leia a reportagem completa publicada na Revista Voz do Campo edição de outubro 2024, disponível no formato digital e em papel.

VEJA O RESUMO EM VÍDEO-REPORTAGEM DA IV EDIÇÃO DA “JUDIA COM FUTURO”