Entrevista a António Nunes – Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses
António Nunes, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, fala sobre os desafios no combate aos incêndios florestais, defendendo uma abordagem integrada que valorize a prevenção, a tecnologia e a cooperação entre todos os atores envolvidos.
Quais são os principais desafios enfrentados pelos bombeiros no combate a incêndios florestais em Portugal?
É bom lembrar que do conjunto de todas as missões desempenhadas pelos bombeiros os incêndios florestais correspondem a 7%, logo, passível de uma abordagem importante, mas que não pode descurar nem desvalorizar as restantes missões. No caso concreto dos incêndios florestais a perspetiva dos bombeiros visa o combate e a prevenção, áreas indissociáveis uma da outra.
Quais são as medidas preventivas mais eficazes que os proprietários e gestores florestais podem adotar para reduzir o risco de incêndios?
O reordenamento da floresta, porventura o emparcelamento, a tão falada limpeza com necessário retorno económico disso e todas as regras estabelecidas na legislação, nomeadamente, a salvaguarda das distâncias às vias, às construções e aos aglomerados populacionais.
Como avaliam a colaboração entre os bombeiros, as autarquias e os gestores florestais na gestão do risco florestal?
No mundo atual todas as parcerias são decisivas, nomeadamente neste caso, salvaguardando que a cada um cabem tarefas específicas que devem coincidir para o mesmo resultado.
A utilização de tecnologias, como drones ou sistemas de monitorização, tem ajudado no combate a incêndios florestais? Que melhorias podem ser feitas nesta área?
Todos esses sistemas têm vindo a ser introduzidos, e bem, no apoio ao combate, não só nos incêndios florestais mas também noutros tipos de intervenções, por exemplo, urbanas e industriais. Todos os meios tecnológicos que ajudam à estratégia e à decisão são sempre bem-vindos. Mas serão sempre complementares de outros igualmente importantes já existentes e que importa reforçar (…).
→ Leia o artigo completo na edição de março da Revista Voz do Campo.