No Dia Mundial do Solo, 5 de dezembro, o consórcio do projeto ‘TomAC – Produção Sustentável de Tomate para Indústria através da Aplicação dos Princípios da Agricultura de Conservação’ revela resultados preliminares encorajadores sobre a viabilidade da aplicação das técnicas de Agricultura de Conservação à cultura do tomate, com benefícios para a saúde e a conservação do solo.
O atual sistema de produção de tomate para indústria é praticado em regime de monocultura e com mobilização intensa do solo, originando problemas ao nível da qualidade do solo e da gestão de infestantes, pragas e doenças. O objetivo do ‘TomAC’ é identificar e testar boas práticas agrícolas que promovam a melhoria da estrutura e da fertilidade do solo e que otimizem o desempenho agronómico, económico e ambiental da cultura do tomate para indústria.
O consórcio do ‘TomAC’ é composto pelo Ag-Innov- Centro de Excelência do Grupo Sugal, produtor e transformador de tomate, a Syngenta, o MED-UÉvora (Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da Universidade de Évora) e a Aposolo (Associação Portuguesa de Mobilização de Conservação do Solo). O projeto é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pela Syngenta.
O ensaio decorre, desde 2021, numa parcela de 14 hectares, na Lezíria de Vila Franca de Xira, comparando o sistema convencional de produção de tomate, com um sistema inovador que aplica os três princípios da Agricultura de Conservação: mínimo distúrbio do solo (plantação do tomate em faixa de solo mobilizada na linha, com 15 cm); cobertura permanente do solo com plantas ou resíduos vegetais (durante o Outono-Inverno o solo é revestido por uma mistura de espécies gramíneas e leguminosas, benéficas para a saúde e a fertilidade do solo, e evitando a lixiviação de nutrientes); e rotação de culturas (rotação bienal entre tomate e girassol).