O grande vencedor do concurso Árvore do Ano, que irá representar Portugal no concurso internacional deste ano, é um magnífico Eucalyptus globulus.
Parabéns ao Eucalipto de Contige!
O público elegeu o Eucalipto de Contige, localizado na freguesia e concelho de Satão, com 3.046 votos, numa das votações mais renhidas de sempre.
Considerada pela Universidade de Aveiro “a maior árvore classificada de Portugal”, a sua plantação remonta a 1878. Este eucalipto está classificado como de interesse público desde agosto de 1964,
onde pelas suas dimensões já era uma árvore notável.
A Biond – Associação das Bioindústrias de Base Florestal, congratula-se com a distinção, que poderá ajudar a esclarecer muitos dos mitos, ainda hoje, de uma forma, por vezes demagógica, associados à espécie.
O eucalipto é uma espécie naturalizada que se encontra em Portugal há mais de 200 anos. É o motor da floresta portuguesa. Importante fonte de rendimento para os proprietários, o eucalipto permite alavancar o investimento noutras espécies. Em Portugal, a área plantada com eucalipto corresponde a 26% do total da floresta portuguesa, representa uma área inferior à do pinhal e à área de sobreiro/azinheira. O consumo de água dos eucaliptais não difere do consumo dos pinhais e de outras espécies florestais. Existem bons exemplos em Portugal, onde em áreas outrora ocupadas por eucalipto existem hoje culturas agrícolas bem-sucedidas, contrariando a ideia errada de que o eucalipto desertifica os solos. O eucalipto devolve quase tudo o que retira ao solo e apresenta uma elevada eficiência de uso de nutrientes. As plantações de eucalipto bem geridas e com adequado ordenamento podem ser bons locais de biodiversidade. As florestas plantadas (de eucalipto ou não) podem transformar-se em habitats e refúgios mais favoráveis para animais e plantas (águia-de-bonelli nidifica maioritariamente em grandes árvores como são os eucaliptos). A fibra obtida a partir do eucalipto globulus representa maior produtividade, sendo que é necessária menos quantidade de madeira para a mesma quantidade de papel, quando comparado com outras espécies. O eucalipto globulus também se destaca pelo elevadíssimo nível de captação de dióxido de carbono e produção de oxigénio. Sendo a espécie que potencia mais ciclos de reciclagem, o eucalipto globulus é, também por isso, sinónimo de sustentabilidade.
O público decidiu entre 10 árvores candidatas, num total de votos registados de 20.073. Os resultados finais da votação foram:
1. Eucalipto de Contige | Satão, Viseu
2. Azinheira de Alportel| São Brás de Alportel, Faro
3. Castanheiro Gigante de Guilhafonso | Pêra de Moço, Guarda
4. Oliveira Real| Pedras d’El Rei, Tavira
5. Plátano do Palácio da Anadia | Mangualde, Viseu
6. Oliveira dos Faraós | Mouriscas, Abrantes
7. Metrosídero ou Árvore-do-Fogo |Mafra
8. Oliveira Milenar | Lagoa
9. Oliveira de Casais de São Brás | Santarém
10. Carvalho de Calvos | Póvoa de Lanhoso.
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