O projeto pioneiro a nível mundial anuncia um referencial de sustentabilidade e uma plataforma exclusiva para os produtores.

O Programa de Sustentabilidade de Azeite do Alentejo (PSAA), um projeto da Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal, em parceria com a Universidade de Évora, anunciou a 2.ª fase deste projeto pioneiro a nível mundial.

Com vista a criar impacto à escala global, a nova etapa é assinalada pelo lançamento de um Referencial de Sustentabilidade que pretende oferecer diretrizes práticas para a melhoria do desempenho de sustentabilidade dos produtores do Alentejo. Para que possam candidatar-se, posteriormente à Certificação PSAA, estes olivicultores terão de cumprir requisitos que se encontram definidos nos 20 Capítulos do programa.

“Esta ferramenta pioneira irá capacitar os produtores e fortalecer a posição de Portugal como líder mundial na produção de azeite de qualidade, combinando tradição e inovação”, comenta Pedro Lopes, Presidente da Olivum. “Graças ao conhecimento das entidades envolvidas, foi possível identificar os principais desafios e oportunidades para promover a sustentabilidade na produção de azeitona e de azeite. O nosso foco passa por impulsionar a sua qualidade, promover práticas sustentáveis de produção e estabelecer padrões elevados no setor”, conclui o responsável.

Para alcançar a certificação, o caminho dos produtores será auxiliado por uma plataforma que lhes irá permitir fazer uma autoavaliação para determinar o nível de sustentabilidade em que se encontram. Esta avaliação irá incidir em diversas áreas de intervenção, incluindo Solos, Água, Doenças e Pragas, Eficiência Energética, Excedentes, Recursos Humanos, Ar, Biodiversidade,  Desenvolvimento Regional, Neutralidade Carbónica, ou Embalamento. Ao avaliar cada produtor, o Referencial de Sustentabilidade apresenta uma visão holística do desempenho sustentável, com  a realização de um Plano de Melhoria Contínua.

O Programa de Sustentabilidade de Azeite do Alentejo tem como objetivo consolidar e otimizar o desempenho ambiental, social, económico e cultural da produção olivícola na região. Ao promover boas práticas com  requisitos rigorosos, procura-se garantir a sustentabilidade a longo prazo do setor, preservando os recursos naturais e promovendo o bem-estar das comunidades envolvidas. A posição privilegiada do Alentejo, enquanto região reconhecida pela produção de azeite, impulsiona a necessidade de adotar práticas sustentáveis para garantir a qualidade e a preservação do ecossistema agrícola.