A Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais – APPPFN – que iniciou atividade há 40 anos na defesa do setor, tem assistido nos últimos anos a um aumento significativo de investimento a par de um rejuvenescimento e crescente profissionalização.
Hoje detentora das marcas coletivas ´Flores e Plantas de Portugal´, ´Flores do Montijo´ e ´Lusoflora´, Rui Aguiar, o presidente da APPPFN, revela em entrevista o trabalho e missão da Associação.
O que é hoje a APPPFN?
É uma associação que apesar dos 41 anos de existência, continua em crescimento, a apoiar os seus associados a ultrapassarem os desafios que se apresentam para a atividade, sempre com o objetivo de adaptar os serviços que presta às necessidades dos seus sócios, com vista ao desenvolvimento sustentável da produção ornamental em Portugal. De âmbito nacional, agrega viveiristas, produtores de plantas ornamentais, flor de corte, folhagens, etc., sendo cada vez mais abrangente face ao desenvolvimento de novos nichos de mercados para culturas ornamentais. A Associação é ainda a detentora das marcas coletivas ´Flores e Plantas de Portugal´, ´Flores do Montijo´ e ´Lusoflora´.
Quais os principais marcos que podem ser destacados nestes 40 anos de atividade?
O primeiro marco será os 40 anos no ativo na defesa do setor, dos quais 35 à frente da organização da feira Lusoflora, evento único da horticultura ornamental, cujo objetivo é promover a produção nacional, estimulando a competitividade no setor.
Fomos a associação impulsionadora de uma Campanha de Promoção de plantas e flores que decorreu em Portugal, no ano 1999- 2000, com o slogan – “Ofereça uma flor, cultive um sorriso”.
No âmbito dos apoios comunitários colaboramos com o Ministério da Agricultura e Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP), com uma proposta da Fileira Horticultura Ornamental para o Programa de Desenvolvimento Rural 2007-2013. Em 2012, cooperámos com o GPP e a DRAPLVT, num grupo de trabalho para debater o setor, que incidiu sobre vários temas como, a Informação setorial, Internacionalização, Regulação da cadeia e Desenvolvimento Rural.
Estabelecemos parcerias com outras associações, e estamos presentes em feiras nacionais e internacionais, algumas das quais com condições preferenciais para os associados da APPP-FN.
Organizámos várias edições da “Lusoflora de Verão”, inserida na Feira Nacional de Agricultura, a maior feira agrícola do País, com o objetivo de promover o consumo de plantas e flores junto do público, que foi uma oportunidade para divulgar a marca coletiva “Flores do Montijo”, criada em 2013 e que resultou da união dos produtores de Flores daquela região, com a associação, com o objetivo de promover, divulgar a qualidade e incentivar o consumo da produção nacional e regional, levando ao reconhecimento do Montijo como Capital da flor, e no qual se celebra anualmente desde a criação da marca, a Festa da Flor.
Colaboramos com o INE, no último inquérito à floricultura, em 2012.
Mais recentemente o esforço desenvolvido junto da tutela para o enquadramento do setor como atividade agrícola, foi fundamental para o mesmo ter conseguido superar os anos da crise de 2008 -2013.
Durante a pandemia, que se instalou na época mais importante de comercialização do setor – o início da Primavera, que provocou uma quebra abrupta do consumo nacional e internacional, as empresas não puderam parar, sendo obrigadas a destruir grande parte da sua produção, apresentando quebras diárias de cerca de 2 milhões de euros – a Associação conseguiu que o setor fosse apoiado com uma linha de crédito a juros bonificados no valor de 20 milhões de euros (…).