A Região Oeste, em Portugal, está a fazer história ao tornar-se a primeira região do país a implementar um sistema de medição de emissões de gases do efeito estufa (GEE) em todo o seu território. Este avanço é possível graças ao uso do gémeo digital de inteligência territorial da NOVA IMS, como parte do projeto Oeste Smart Region.

A nova tecnologia assinala um marco importante no planeamento e gestão territorial, pois oferece uma solução regional pioneira para atender aos objetivos estabelecidos na Lei de Bases do Clima. “Sendo a sustentabilidade um dos eixos estratégicos para o Oeste, onde se inclui a ambição de alcançarmos a neutralidade carbónica o mais rapidamente possível, esta nova valência do gémeo digital Oeste Smart Region é instrumental para nos apoiar nos diferentes estágios do ciclo da política pública, nomeadamente no desenho de programas e intervenções públicas necessárias para alcançar os objetivos estabelecidos com base em dados objetivos e com elevada granularidade espacial e temporal”, enfatizando o compromisso da região com a boa governança, sustentabilidade territorial e inovação.

A contabilização das emissões é realizada de acordo com o Protocolo Global para Inventários de Emissões de Gases do Efeito Estufa de Escala Comunitária (GPC). Ao incorporar o Protocolo no Oeste Smart Region, é possível calcular as emissões de gases de efeito nos 12 municípios e na região como um todo, o que permite, não só comparar e partilhar boas práticas, como também entender de onde vêm essas emissões, categorizadas em cinco setores: energia, transporte, resíduos, processos industriais e uso de produtos, e agricultura/floresta/uso do solo.

Além disso, o Protocolo GPC permite uma análise diferenciada das emissões, identificando fontes dentro e fora dos limites territoriais, essencial para o estabelecimento de planos de mitigação eficazes.

Se olharmos apenas para as emissões de gases de efeito estufa que ocorreram dentro dos limites geográficos, houve um aumento de 2% entre 2016 e 2020. No entanto, se considerarmos as emissões relacionadas a atividades dentro da região, como a produção de eletricidade para o consumo dos municípios, mesmo que ocorram fora dos limites territoriais, observamos uma evolução positiva com uma redução de 12% durante o mesmo período.

A ferramenta não só agrega dados de emissões, mas também fornece uma avaliação de impacto para identificar pontos críticos e orientar a adoção de medidas para mitigar as alterações climáticas.

O Oeste está, assim, a liderar o caminho na luta contra as alterações climáticas, demonstrando como a inovação e o uso de tecnologia podem impulsionar esforços para construir um território mais resiliente e sustentável.