O InnovPlantProtect (InPP) é uma Associação sem fins lucrativos, inspirado no conhecido modelo de hélice quádrupla (i.e., que envolve diferentes atores como a Universidade, Empresas, Governo e Sociedade), que desenvolve, até ao nível de prontidão tecnológica 6, soluções inovadoras, bioinspiradas e digitais, para proteger as culturas agrícolas e promover modos de produção mais sustentáveis, inteligentes e produtivos, ajustáveis às variações introduzidas pelas mudanças climáticas, mais amigas do ambiente e assumindo as diretivas de transição ambiental, climática e digital da União Europeia. A grande finalidade do InPP é criar valor através da gestão de organismos vivos no campo agrícola.

A atividade do InPP incide no desenvolvimento de novos produtos biológicos para proteção de culturas, de novas variedades resistentes a pragas e doenças e novas formulações para a agricultura, de novos modelos e métodos de deteção, análise de risco, monitorização e diagnóstico de pragas e doenças, contribuindo para a sustentabilidade ambiental da atividade agrícola, para a densificação do território, a criação de emprego qualificado e a atração de investimento numa região de baixa densidade no interior do país.

O InPP utiliza os mais modernos conhecimentos biológicos e digitais para, em colaboração com os produtores, as empresas de fitofármacos e de sementes, instituições de investigação e o poder local, resolver os problemas colocados à agricultura mediterrânica pelas alterações climáticas, pela redução da disponibilidade de princípios ativos para a proteção das culturas e pelo aparecimento de novas pragas e doenças, para as quais não existem soluções de prevenção e combate.

A associação foi criada em 24 de Janeiro de 2019, por iniciativa do Instituto de ITQB NOVA com 12 fundadores e conta atualmente com 14 associados: três instituições de ensino superior – a Universidade NOVA, Universidade de Évora e Instituto Politécnico de Portalegre;  um laboratório de Estado – o INIAV;  um Município – a Câmara Municipal de Elvas; quatro empresas – Syngenta Crop Protection, Bayer CropScience, Fertiprado e Lusosem; um centro de investigação – o CEBAL; três associações de produtores – a FNOP, a ANPROMIS e a ANPOC; e uma associação interprofissional – a Casa do Arroz.

O InPP é uma das poucas instituições portuguesas dedicada à Inovação na sua área da atuação

Colhe o conhecimento criado nos centros de investigação e integra-o com a informação recolhida junto dos seus associados e outras partes interessadas para desenvolver soluções e ferramentas até à sua prova de conceito. Os produtos e ferramentas assim desenvolvidos são protegidos através de mecanismos de proteção de propriedade intelectual e industrial e negociadas com as partes interessadas para sua colocação no mercado ou para a sua utilização numa perspetiva de negócio B2B. No âmbito das suas competências, o InPP desenvolve ainda serviços especializados, geralmente não disponíveis no mercado, ajustados às necessidades dos seus clientes.

O InPP submeteu já 4 patentes

Após 4 anos de atividade – o InPP instalou-se na antiga estação de melhoramento de plantas, atual INIAV Elvas, em janeiro de 2020 – o InPP tem 45 contratos de trabalho, dos quais 38 são investigadores, sendo destes 16 doutorados e 23 mestres, todos a viver na região e a trabalhar em Elvas. Estes investigadores têm competências diversificadas desde a biologia celular e molecular de plantas patogênicas, fungos, bactérias e pragas, a bioquímica e microbiologia, a biotecnologia e o melhoramento molecular, a engenharia agronómica, a bioinformática e bioestatística, a formulação e nano/microtecnologia, o desenvolvimento de produtos, a sistemas de informação geográfica, ciência da computação, inteligência artificial, gestão e análise de dados e gestão de sistemas informáticos e digitais.

Desde que há 4 anos se instalou, para além de dezenas de serviços específicos, que vão desde a identificação molecular de pragas e doenças, à análise do microbioma de solos, produtos e organismos, à formulação de moléculas biológicas, à multiplicação in vitro e à caracterização com marcadores moleculares de variedades vegetais, o InPP submeteu já 4 patentes, uma para um biopesticida para a prevenção do fogo bacteriano em pereiras e macieiras, uma para um biopesticida para a prevenção da piriculariose no arroz, uma para o controlo de fungos e oomicetos do solo e uma para um biostimulante de hortícolas e gramíneas (…).

→ Leia o artigo completo na Revista Voz do Campo: edição de fevereiro 2024