A Agricert iniciou a sua atividade em 2000 com a certificação de produtos de denominação protegida DOP e IGP, como foi o caso do Presunto de Barrancos DOP ou a Carne de Porco Alentejano DOP. Desde então, o percurso passou pelo reconhecimento e acreditação para esquemas como a produção biológica, produção integrada e GlobalG.A.P., tendo este último, sido muito relevante no processo de internacionalização. Atualmente, a Agricert é reconhecida pela Comissão Europeia e uma série de outras entidades nacionais e internacionais, o que nos permite operar em vários esquemas de certificação e inspeção, em mais de 30 países, sempre com o lema “Certificamos o melhor que tem, esteja onde estiver”.

A Agricert ao longo de quase 25 anos desenvolve diariamente a sua atividade para merecer a confiança de clientes, parceiros e entidades com as quais se relaciona.

O nosso sistema de controlo é robusto, com visitas in loco com uma periodicidade no mínimo anual aos locais de produção, sejam explorações agrícolas, unidades industriais ou outros. Após o controlo os processos são revistos por uma equipa interna especializada que garante que os dados recolhidos são os necessários para aferir a conformidade e por fim ocorre a decisão de certificação. Caso a decisão seja favorável há lugar à emissão de um certificado, sempre que a decisão não seja favorável, aplicam-se as medidas conforme definido pelo dono de esquema. Dispomos ainda de uma comissão independente de recurso que é acionada na medida do necessário, sempre que o operador discorde das medidas aplicadas. Desta forma asseguramos que aos produtores, à indústria e às suas cadeias de distribuição é prestado um serviço integro e de qualidade para certificar o que de melhor se produz em todo o mundo.

O processo de certificação de produtos de acordo com a norma ISO 17065 cumpre com um conjunto de etapas estabelecidas pela Organização Internacional de Normalização (ISO) e envolve várias etapas conforme se esquematiza abaixo. No seu conjunto, estas etapas garantem a conformidade e a credibilidade do produto certificado.

É no momento do controlo ou auditoria que é verificado se o operador atende aos requisitos de um determinado esquema. É durante esta verificação in loco que a nossa equipa de técnicos avalia a implementação prática da regulamentação e o cumprimento dos requisitos aplicáveis. Em parceria com uma empresa externa desenvolvemos uma plataforma informática que permite de forma expedita recolher os dados no campo e elencá-los ao relatório de controlo que no fim é elaborado.

Em resumo, a auditoria de certificação é um processo rigoroso que visa garantir a conformidade contínua com os padrões estabelecidos, promovendo a excelência operacional e a confiança dos stakeholders.

O controlo da produção biológica assenta nas disposições da regulamentação europeia, nomeadamente no Regulamento (UE) 2018/848 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018, que tanto serve de base no controlo de produtos certificados em Portugal, como em países terceiros, ao abrigo de um regime de equivalência.

A agricultura biológica tem ganho cada vez mais destaque no mundo contemporâneo, à medida que as preocupações com a saúde humana e ambiental aumentam. Nesse contexto, a certificação desempenha um papel fundamental na garantia da qualidade e autenticidade dos produtos biológicos. Assim a Agricert, na aplicação da regulamentação aplicável, estabelece como principais critérios de avaliação o respeito pelo meio ambiente através da adoção de práticas sustentáveis que visam a preservação da biodiversidade e a manutenção da fertilidade do solo, respeito pelo bem-estar animal e implementação de um sistema de rastreabilidade fiável que garante a transparência e a confiabilidade ao longo de toda a cadeia de abastecimento, desde a produção até a distribuição dos produtos biológicos certificados.

Certificação de bem-estar animal Welfair®

Esta é uma certificação que surge no âmbito dos projetos European Welfare Quality® e Awin®. É uma certificação independente, homologada pelo Institute of Agrifood Research and Technology da Catalunha (IRTA) e Instituto Vasco de Investigación y Desarrollo Agrario (NEIKER) que avalia e monitoriza exaustivamente a qualidade do bem-estar animal nas explorações e matadouros para várias espécies, tal como bovinos, suínos e ovinos, galinhas, frangos, coelhos, perus e codornizes.

Uma das inovações deste protocolo é que este está focado em medidas baseadas nos animais. Esta certificação baseia-se numa auditoria exaustiva do bem-estar dos animais, através da observação direta dos animais e do seu ambiente, realizada por auditores altamente qualificados e aprovados pelo WELFAIR®. Após auditoria obtém-se uma pontuação da qual é possível aferir o nível de cumprimento da exploração e/ou estabelecimento auditado quanto ao bem-estar animal, permitindo ao produtor a partir daí preconizar medidas para uma melhoria contínua.

O bem-estar animal, para além das motivações éticas, está diretamente relacionado com a qualidade dos alimentos com impacto na saúde animal e na segurança alimentar sendo, por isso, cada vez mais visto como parte integrante de um sistema de melhoria contínua do bem-estar animal, da manutenção dos sistemas de forma ambientalmente eficiente e adequada às melhores práticas de produção.

Por outro lado, a crescente preocupação dos consumidores sobre o tema, tem aumentado a procura por produtos certificados que assegurem a segurança e a qualidade de todo o ciclo produtivo (…).

→ Leia o artigo completo na Revista Voz do Campo: edição de maio 2024

Autoria: Diana Transmontano da Silva, Hermenegildo Castanho, Maria do Rosário Silva e Maria João Valentim

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