No dia 13 de junho, a Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal apresentou o estudo desenvolvido pelo consórcio CONSULAI e Juan Vilar Consultores Estratégicos, com o título “Olivicultura, O Motor da (R)evolução Agrícola Nacional” que retrata a olivicultura nacional e o seu enquadramento internacional.

Este relatório descreve o grande crescimento nacional na produção de azeitona e de azeite, da instalação de olivais modernos e da tecnologia de extração dos novos lagares nos últimos 20 anos, que permitem a grande eficiência e qualidade de um setor que contribuiu com mais de 1000 M€ de exportações para a balança comercial agroalimentar portuguesa em 2023.

Desde o início deste séc. que a superfície mundial de olival tem sofrido alterações no formato de olival, com redução do tradicional, principalmente em 2017 e 2018, enquanto assistimos a um grande aumento do olival moderno, que passou de 9.302.101ha em 2010 para 11.767.517ha em 2023. Mundialmente, a área que mais cresce é a de olivais modernos, maioritariamente regados mas também de sequeiro.

Portugal não é exceção, e com a alteração do tipo de olival houve um pequeno aumento da área de apenas 7%, passando de 350.000 ha em 2002 para um máximo de 380.852 ha em 2020, mas com a relocalização do olival do centro do país para o Alentejo, que atualmente já representa mais de 55% da área de olival nacional.

Apesar da área muito semelhante, em 20 anos a produção de azeite aumentou 320%! Em 2020/01 Portugal produziu 24,6 mil t de azeite, 1% da produção mundial, e em 2021/22 ultrapassámos as 206 mil t, 6,4% da produção mundial, um aumento superior em 140% à média mundial, enquanto a Grécia e Itália diminuíram a sua produção no mesmo período, evidenciando o potencial para ser o 3º maior produtor, já que na campanha passada ficou a apenas 35.000 t dessa posição, isto considerando que ainda há novos olivais a entrar em produção, outros a serem plantados e áreas a serem reconvertidas para formatos mais modernos e eficientes. Portugal foi o 1º país onde se iniciou a conversão de olivais modernos em vaso para olivais em sebe, mais eficientes e produtivos com reflexo na produção nacional de azeitona e de azeite.

Este aumento de produção é resultado da grande aposta na inovação e na tecnologia, com a instalação de olivais modernos e eficientes e que permitem formas de colheita mecanizadas. A evolução foi mais notável na região do Alentejo, com o surgimento do Alqueva e a possibilidade de regar, eliminando a incerteza do fator de produção chuva/água. No entanto, começam a surgir novas áreas de olivais em sebe sem recurso à rega, com produções e contas de cultura muito atrativas.

A (r)evolução do olival português levou a que, em 20 anos a produtividade média de azeitona por hectare triplicou-se, de 0,7 para 2,1 t/ha, e que em 2023/24 fosse o mais produtivo do mundo, ultrapassando mesmo a Espanha (…).

Consulte o estudo completo: Aqui!

→ Leia o artigo completo na Revista Voz do Campo: edição de agosto/setembro 2024


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Disponível gravação das Jornadas Técnicas “Do Olival ao Azeite: Caminhos para a Sustentabilidade”