Dada a gravidade da situação epidemiológica, a CONFAGRI apela a uma resposta urgente do Ministério da Agricultura e Pescas sobre as medidas de contenção da epidemia da Febre Catarral Ovina / Língua Azul, especificamente do novo serotipo 3, que tem dizimado milhares de ovinos por todo o país e cujo contágio pode espalhar-se aos bovinos.

Depois de ouvir as preocupações e perspetivas das organizações, associações e produtores, é urgente que a tutela tome medidas céleres e concretas pelo futuro de ambas as fileiras e da viabilidade de muitas explorações familiares, considerando a CONFAGRI que a vacinação deva começar o quanto antes, em todo o território nacional e com custos suportados pelo Estado.

A CONFAGRI defende, também, a atribuição de uma ajuda financeira aos produtores já afetados, tanto para menorizar prejuízos, como para apoiar nos custos de tratamento e prevenção, já que a elevada taxa de mortalidade pode não só colocar em causa a sustentabilidade das explorações pecuárias, mas também significar o aumento dos preços para os consumidores.

Ora pelo elevado sofrimento físico dos animais, ora pelos significativos prejuízos financeiros decorrentes da mortalidade, quebra produtiva e entraves à comercialização, é “necessário que o Estado delineie uma estratégia concreta para agir rapidamente através de medidas interventivas de vacinação, de apoio financeiro para suportar os elevados custos da vacina e para garantir que as explorações pecuárias mantêm a sua produtividade e viabilidade.” – aponta Nuno Serra, Secretário-Geral da CONFAGRI.

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