Tomate produzido por uma planta de tomate tetraploide (com 48 cromossomas) resultante do cruzamento de dois diferentes progenitores de tomate MiMe.

Num estudo conduzido pelo Max Planck Institute for Plant Breeding Research (Instituto Max Planck para a Investigação em Melhoramento de Plantas), situado na Alemanha, os investigadores criaram um sistema para gerar células sexuais clonais em plantas de tomate e usaram-nas para desenhar os genomas das descendências. A fertilização de um óvulo clonal de um progenitor por um esperma clonal de outro progenitor produziu plantas contendo a informação genética completa de ambos os ‘pais’.

Tomate produzido por uma planta de tomate tetraploide (com 48 cromossomas) resultante do cruzamento de dois diferentes progenitores de tomate MiMe. Créditos da imagem: Yazhong Wang

No sistema que o cientista Charles J. Underwood e a sua equipa desenvolveram, a meiose foi substituída pela mitose (uma simples divisão celular) no tomate. No chamado sistema MiMe (Mitose em vez de Meiose), a divisão celular imita uma mitose, evitando assim a recombinação e segregação genética, e produz células sexuais que são clones exatos da planta progenitora. Pela primeira vez, os investigadores conseguiram utilizar células sexuais clonais para criar descendências através de um processo chamado “design de genoma poliplóide”.

Os investigadores realizaram cruzamentos onde o óvulo clonal de uma planta de tomate MiMe foi fertilizado por um esperma clonal de outra planta de tomate MiMe. As plantas resultantes continham 48 cromossomas e o repertório genético completo de ambos os ‘pais’.

→ Leia o estudo no site do Max Planck Institute for Plant Breeding Research.