PortugalAlmond INFO (estado da cultura da Amendoeira) novembro 2024.
A Portugal Nuts juntamente com os seus associados e o CNCFS – Centro Nacional de Competências dos Frutos emitem neste artigo, algumas notas onde pretendem divulgar informação de interesse sobre a evolução da cultura da amendoeira, nas suas fases-chave, para as regiões mais produtivas do país, de acordo com:
ESTADO DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA
Terminada a colheita, mas ainda sem dados definitivos dos volumes obtidos, esta informação baseia-se nos relatos recebidos das diferentes regiões. Às quebras esperadas para Trás-os-Montes, devido a efeitos negativos no vingamento dos frutos pela precipitação e baixas temperaturas na pós-floração, junta-se uma intensa heterogeneidade no comportamento e produtividade das variedades mediterrânicas e americanas cultivadas no Alentejo.
A colheita antecipou-se à precipitação outonal, que não chegou a interferir com estas operações. O INE, no Boletim Mensal da Agricultura e Pescas (out 2024), antecipa um aumento da produção face a 2023, de cerca de 15%, podendo situar-se nas 80.000t em casca.
A Portugal Nuts estimou um aumento de 25%, principalmente tendo em conta um ligeiro aumento das produtividades no Alentejo e Beira Interior e pela entrada em produção de uma área expressiva e maturidade das plantações no Alentejo.
TRÁS-OS-MONTES
• Quebras entre 40% e 50% da produção devido às chuvas intensas no período da floração.
• Registaram-se geadas tardias que agravaram a perda de produção em grande parte dos amendoais.
• As chuvas no período da floração dificultaram a polinização.
• Verificou-se um bom rendimento ao descasque: 25% a 30%.
• O preço do miolo da amêndoa convencional aumentou enquanto o preço do miolo da amêndoa biológica baixou.
COMPARAÇÃO COM CAMPANHA ANTERIOR
As temperaturas de inverno favoreceram a floração precoce, e as condições climatéricas no período de floração (temperaturas baixas e geadas em alguns locais e precipitação abundante) dificultaram a floração e o vingamento dos frutos, ocasionando elevadas quebras de produção.
BEIRA INTERIOR
• Região com menos problemas fitossanitários que outras como resultado da menor incidência de eventos adversos na altura da floração e no desenvolvimento da cultura.
• Acumulação de horas de frio suficientes para a cultura.
• Problemas semelhantes aos sentidos nas restantes regiões com algumas variedades como a Lauranne que teve uma alta percentagem de frutos criados, mas que não se desenvolveram.
• Colheita sem precipitação ou outras dificuldades
CAMPANHA ANTERIOR
– Calibres maiores, mas ainda abaixo dos valores expetáveis referidos em bibliografia.
– Aumento da produção da região pelo avanço da idade das plantações.
– Boa disponibilidade de meios mecânicos na colheita, mas agravamento de recursos humanos disponíveis para os métodos de colheita que não são passíveis de beneficiar de maior.
RIBATEJO
• Registou-se quebra acentuada na produção.
• As causas atribuíveis à quebra são a pluviosidade e ventos ocorridos durante a floração.
• Os calibres e o rendimento em miolo são bons.
• O preço deu sinais positivos com ligeiras subidas.
CAMPANHA ANTERIOR
– Campanha aquém das expetativas.
– Produção inferior à de 2023.
– Segundo ano consecutivo de resultados inferiores ao esperado que têm diminuído o interesse na cultura e a sua possível expansão.
ALENTEJO
• Pronunciada heterogeneidade no comportamento e produtividade tanto das variedades mediterrânicas como nas americanas.
• Produção afetada por queda de frutos e miolo que não cresceu por causas atribuíveis a variações térmicas fora do padrão esperado.
• Bons calibres e boa qualidade, apesar dos problemas com doenças.
COM CAMPANHA ANTERIOR
– Salvo algumas exceções, as produtividades aumentaram.
– Campanha sem pluviosidade que tivesse afetado as operações de colheita.
– Melhores calibres.
– Entrada em produção de novas áreas (entre 4.000 a 7.000 hectares) que farão crescer a produção na região.