Carlos Ramos, representante dos Viveiros Serviruri, sublinha à nossa reportagem, que são provavelmente o viveiro mais antigo a produzir castanheiros híbridos, ou seja, um trabalho de mais de 20 anos na instalação de campos de pés-mães de porta-enxertos resistentes à doença da tinta, uma das principais ameaças para os castanheiros.
“O nosso principal contributo para o setor é o uso do porta-enxerto CA-90, conhecido como Ferrosacre, altamente resistente à doença”, afirma. Além do CA-90, Carlos Ramos menciona também o ColUTAD, uma obtenção da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que surge como uma variedade interessante, mas com exigências maiores em relação à qualidade do solo e à disponibilidade de água. “Recomendamos o ColUTAD para a zona do Minho, onde os solos são mais ricos e profundos, e há mais disponibilidade hídrica, ao contrário da zona transmontana”, explica.
Questionado para se pronunciar sobre o aumento de pragas e doenças, como a podridão castanha, o empresário reconhece que o papel dos viveiros é limitado, já que a missão da Serviruri é produzir plantas. No entanto, e como associado da RefCast, mantêm uma estreita colaboração para disseminar informações importantes aos clientes sobre o combate às doenças e pragas. “É uma luta coletiva, não individual”, salienta, reforçando a importância de trabalhar em conjunto para superar os desafios.
Ao terminar, Carlos Ramos elogia a capacidade de resistência dos agricultores, que têm enfrentado um aumento de pragas e doenças nos últimos anos.
→ Leia a reportagem completa publicada na Revista Voz do Campo – edição de outubro 2024, disponível no formato digital e em papel.
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