No passado dia 6 de agosto, a Ramiro Arnedo organizou uma jornada de demonstração de pimento ao ar livre, destinada tanto ao mercado de consumo fresco como para a agroindústria. O evento teve lugar na quinta de Antonio Ruíz Zambrano, um agricultor da zona de Las Marismas, em Lebrija, Sevilha (Espanha). Durante a manhã, a empresa apresentou um grande número de variedades de pimento a consultores agrícolas, produtores, colaboradores e representantes de empresas de conservas e congelação.
As variedades apresentadas pela empresa de sementes durante o evento foram os pimentos para a indústria, Rocigalgo F1 e AR371268; as variedades para fresco, o lamuyo Toletum F1, Cabañeros F1 e AR371270; o material de dupla utilização na cor vermelha, o califórnia AR371267, o lamuyo AR371269 e na cor amarela, Ibérico F1 e Bético F1.
Rocigalgo, o novo pimento vermelho para a indústria
O Rocigalgo F1 foi a variedade mais importante da jornada. “Este pimento vermelho com resistência à L4 e à mancha veio para ficar”, refere José Antonio Márquez, Product Manager de pimentos ao ar livre da Ramiro Arnedo. Esta nova variedade possui frutos vermelhos intensos, tanto no interior como no exterior, com um peso médio de 220-250 gramas, com a possibilidade de chegar aos 300 gramas graças à sua parede espessa. A sua boa cobertura foliar, resistência no campo e alta produtividade, juntamente com uma excelente concentração de frutos, permite a colheita numa única passagem. O Rocigalgo F1 é adequado tanto para a colheita manual como para a colheita mecânica.
Em comparação com o Corera F1, a atual variedade de pimento industrial líder na zona, o Rocigalgo F1 tem um ciclo mais longo. “A planta Rocigalgo tem menos frutos em comparação com a Corera. Por outro lado, tem frutos mais pesados”, acrescenta José Antonio Márquez. “A forma do fruto do Rocigalgo F1 é predominantemente pontiaguda, embora também se possam encontrar frutos de 3 e 4 lados. O seu ciclo é mais tardio do que o do Corera, o que nos permite ter as duas variedades na mesma parcela, aproveitando esta diferença entre ciclos para começar a colheita com uma e terminar com a outra”, acrescenta José Márquez.
O agricultor da Herdade, Antonio Ruíz Zambrano, sublinhou que o Rocigalgo é a variedade de que mais gostou, “…de todas as que vi até agora, em termos de comportamento e produção”.
AR371269 para produtos frescos e para a indústria
A variedade de duplo propósito, tanto para a indústria como para o mercado de fresco, pela qual os visitantes mostraram muito interesse foi o lamuyo AR371269. Esta variedade com resistência à L4 e à mancha (IR: TSWV) oferece uma produtividade elevada e uma planta vigorosa com frutos de mais de 300-400 gramas, de cor vermelha intensa por dentro e por fora. A maturação vermelha é também muito agrupada.
Toletum, o lamuyo fresco
O Toletum lamuyo oferece frutos de cor vermelha profunda e de paredes grossas, com um tamanho entre 300 e 400 gramas. Esta variedade produtiva tem um sistema radicular forte e uma boa cobertura foliar. Tal como o Rocigalgo F1 e o AR371269, o Toletum oferece ao agricultor resistência à L4 e ao TSWV (IR).
Ibérico e Bético, variedades amarelas para os produtos frescos e indústria.
Ibérico F1 e Bético F1 são as variedades amarelas que a Ramiro Arnedo oferece tanto para o mercado industrial como para o mercado fresco. Ambas têm uma boa cobertura foliar, uniformidade na maturação, alta produtividade com frutos amarelo- limão de paredes grossas e peso entre 200-250 gramas. Estas variedades amarelas são também resistentes à mancha (IR: TSWV) e à L4.
O Ibérico F1 tem um ciclo de 115-120 dias, enquanto o Bético F1 tem um ciclo de 120-125 dias. De notar, também, que o tamanho do fruto do Bético é maior do que o do Ibérico.
Todo o material vegetal apresentado pela Ramiro Arnedo nas suas jornadas de campo caracteriza-se por uma elevada produtividade; uma boa cobertura foliar, que protege o fruto das queimaduras solares e uma concentração na maturação, para que o agricultor possa colher numa só passagem. Todas as variedades incorporam resistência à L4 e ao TSWV (IR). “Além disso, o departamento de I&D da empresa está a trabalhar no desenvolvimento de variedades com resistência a doenças como o CMV, o oídio e a Xanthomonas”, acrescentou Curro Soto, técnico comercial da Ramiro Arnedo na Andaluzia Ocidental.
Por outro lado, o diretor de marketing da Ramiro Arnedo, Henry Smienk, sublinhou que “as variedades deram o seu melhor” e que “este ano vai ser provavelmente um bom ano para o pimento”, dado que durante as jornadas de campo houve muito otimismo por parte dos produtores, tanto em termos de estimativas de produção, como de preços. “Estamos aqui para os servir, para que os produtores possam ganhar dinheiro com as variedades que nós, na Ramiro Arnedo, lhes oferecemos”, concluiu Henry Smienk.
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