“A campanha está a ser finalizada e os resultados têm sido muito baixos. A somar a uma redução de preços, a maioria dos produtores de milho têm tido quebras de 10 a 20% nas produções. Nós ainda não terminámos e também temos reduções fortes este ano. No nosso caso, estamos a comparar este ano com o melhor ano de sempre que foi o ano passado. Mas devemos ficar abaixo da média dos últimos 5 anos. As razões não consigo ter a certeza, pois os milhos estavam com óptimo aspeto, e tudo correu bastante bem no verão.
A campanha foi arrastada cerca de 30 dias para a frente, devido às chuvas da primavera, logo saímos da época ótima para as grandes produções. Também por essa razão, estamos agora a fazer as colheitas já com grandes dificuldades. Com as chuvas persistentes, temos o solo muito molhado, no nosso caso estamos a tentar esperar para não destruir o solo com a compactação.
Apesar disso, o verão não teve ondas de calor, nem houve muitos insetos. Os javalis tiveram uma maior incidência, mas próximo da média.
Aquilo que estamos mais inclinados será o muito frio da primavera, associado aos herbicidas feitos com misturas novas de herbicidas de várias marcas comerciais, onde não havia muito conhecimento dessas misturas. Tudo isto, deveu-se ao fim do s-metalacloro e da restrição à terbutilazina. O frio associado aos herbicidas mal conhecidos, teve uma grande fito-toxicidade e deu grandes pancadas nas searas na altura da diferenciação do milho.
Nós tivemos uma redução de população entre 3 a 5% de plantas atacadas com o vírus do nanismo. Sei que em algumas regiões os ataques foram muito superiores e foram a principal razão da redução de produção.
Estamos também inclinados para falta de radiação solar durante toda a primeira fase do ciclo.
Os ataques de cefalosporium e outros fungos de solo, foram abaixo da média no nosso caso.
Logo que consiga fazer estas análises de dados de todas as parcelas, vou tentar fazer um vídeo sobre a campanha. Gostava de saber como foram as outras regiões.”
