Nuno Canada, Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária – INIAV – explica-nos a forma como este está a programar a sua atividade científica de curto e médio prazo, de acordo com esta Agenda 20|30.
De que forma é que o INIAV está organizado?
O INIAV está organizado em três grandes áreas, os Laboratórios Nacionais de Referência, a conservação e valorização dos recursos genéticos nacionais e a investigação e inovação em agricultura, alimentação, floresta e áreas conexas.
Esta atividade é desenvolvida numa lógica nacional e em diversas áreas com projeção internacional e baseada nos 14 Polos de Inovação do Instituto.
Este organismo resultou da fusão progressiva de vários organismos dispersos, conjugada com a concentração de atividades nos Polos que agora existem. Esta integração de espaços, mas também de culturas organizacionais diferentes, permitiu dar uma nova dinâmica à atividade desenvolvida, consolidando as equipas de investigação, valorizando as infraestruturas existentes e aproveitando mais eficazmente as sinergias daí decorrentes.
Assim, as valências infraestruturais que o INIAV possui em todo o país contribuem para a valorização do território e dos recursos naturais, posicionando-o de forma ímpar no panorama nacional, nomeadamente através das atividades de investigação e inovação e de apoio laboratorial nas áreas da produção animal e vegetal, ambiente e recursos naturais, florestas, agroindústrias, conservação e valorização de recursos genéticos, reprodução animal e biotecnologias reprodutivas, nutrição e alimentação animal, saúde animal, sanidade vegetal e segurança alimentar.
Todos os projetos que o INIAV tem neste momento em curso são em parceria com empresas, produtores, organizações da produção e outros agentes do território.
Uma das “críticas” frequentes dos agricultores é que nem sempre o resultado da investigação chega ao “utilizador final”. Como é feita essa transferência de conhecimento?
O INIAV, nos últimos anos, alterou o seu paradigma tendo evoluído para um conceito de investigação e inovação desenhada com os utilizadores do conhecimento e à sua medida.
Desta forma, todos os projetos que o INIAV tem neste momento em curso são em parceria com empresas, produtores, organizações da produção e outros agentes do território.
Esta abordagem, combinada com a capacidade instalada em termos de experimentação e inovação nos Polos de Inovação, contribui de forma decisiva para a efetiva transferência de conhecimento para os agricultores e outros utilizadores, traduzindo-se no tipo de investigação desenvolvida – cada vez mais investigação aplicada e experimentação e demonstração tecnológica que responda a problemas concretos do setor; nas parcerias estabelecidas – com cooperativas, empresas e associações de produtores – promovendo uma maior proximidade aos utilizadores finais dos resultados e facilitando a sua disseminação por todos os interessados. Também na incorporação nos projetos, durante o seu ciclo de vida útil, de atividades de divulgação e demonstração alargada a todos os potenciais beneficiários; na definição dos seus objetivos estratégicos – Impulsionar a transferência de conhecimento através de uma cultura organizacional orientada para a investigação aplicada e para a inovação.
Nos últimos anos foram criadas estruturas como Centros de Competências e Laboratórios Colaborativos, vocacionadas para a investigação e inovação, vai haver algum ajuste do Instituto no âmbito da Agenda de Inovação para a agricultura 20|30?
O INIAV está envolvido nas 15 iniciativas emblemáticas da Terra Futura e é responsável pela coordenação das áreas da Agricultura 4.0, Agricultura Circular e Rede Nacional de Inovação para a Agricultura e Alimentação (…).
→ Leia a entrevista completa na edição de maio de 2021
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