• Editorial da edição de janeiro 2023 •
Como diz o povo “não podemos querer sol na eira e chuva no nabal”. É certo que foram registados muitos prejuízos resultantes das chuvas recentes, mas também é verdade que toda esta precipitação contribuiu para aumentar o volume de água armazenada nas albufeiras, que, recorde-se, até meados de setembro último encontravam-se secas, traduzindo um cenário de preocupação extrema.
Recorde-se ainda que devido à seca o Governo chegou a aplicar medidas de restrição ao uso de algumas barragens para produção de eletricidade e para rega agrícola. Outras medidas foram também tomadas para minorar o efeito da seca, como por exemplo o apoio à alimentação animal e o abastecimento de água para o abeberamento.
É um facto inegável, em 2022 a situação de seca em Portugal afetou a atividade agrícola, assistindo-se a uma redução da produção e a um aumento da despesa para a manutenção das culturas e dos animais.
De acordo com dados do IPMA, 2022 foi o segundo ano mais seco dos últimos 90 anos.
Hoje, felizmente, podemos respirar fundo uma vez que já se fala de reposição dos níveis de água habituais para a época, apesar de ainda haver quem diga que o aumento do caudal das barragens ainda é insuficiente face às reservas de água previstas, uma vez que sobretudo na região do Algarve o aumento foi pouco significativo e mais sentido no Sotavento do que no Barlavento.
Seja como for, temos hoje em matéria de água, uma boa “almofada”, o que é muito reconfortante, esperemos que por muito tempo!
Boas leituras!
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