Como enfrentar as secas sem perder a produção nem a qualidade.
Imagine um país que utiliza 75% dos seus recursos hídricos na agricultura. Agora pense de que forma este país é afetado por uma seca que atinge 40% do seu território. No mínimo, preocupante. Pois, esse país é Portugal.
De acordo com os dados do Instituto Português de Meteorologia (IPMA), o calor e as chuvas escassas de 2022 deixaram cerca de 40% da parte continental de Portugal em seca extrema. A isto devemos acrescentar os dados da Fundação Calouste Gulbenkian que dizem que “em Portugal, o setor agrícola é responsável por 75% de toda a água utilizada, um número muito acima da média da União Europeia (24%) e até superior à média mundial (69 %)”.
Já em fevereiro passado, o Governo português ordenou que cinco barragens no centro do país parassem a sua produção de eletricidade quase por completo e uma barragem no Algarve teve de deixar de utilizar a água para a rega, priorizando o consumo humano. Este valor chegou a um quarto das 60 barragens fechadas temporariamente por causa da seca. E este cenário irá prolongar-se durante novembro, segundo o Indicador Combinado da Seca (CDI) da União Europeia. O que podemos fazer? Ao contrário do que acontece com outros recursos, a água é limitada: não podemos produzir mais, portanto a solução é utilizá-la de uma forma mais inteligente (…).
→ Leia o artigo completo na edição de janeiro 2023 da Revista Voz do Campo.
Autor: ESCI – European Science Communication Institute