Gonçalo Almeida Simões Diretor Executivo da Portugal Nuts

“Os frutos secos ultrapassaram os 500 milhões de euros de investimento nos últimos sete anos. Para além do investimento inicial, estas culturas geram uma dinâmica de economia local, por via da criação de emprego direto e surgimento de novos prestadores de serviços que nas regiões desfavorecidas significam diminuição das tradicionais assimetrias litoral vs interior e no limite mais coesão territorial. Em 2021 existiam 339 empresas dedicadas à produção de frutos secos, o que contrasta com as 5 empresas existentes em 2007, já as empresas de transformação cresceram 121% no período homologo.

Portugal foi o país no mundo que mais aumentou percentualmente a área e a produção de amendoal na última década com um acréscimo de 49 mil toneladas. Portugal é já o 3º maior produtor de amêndoa em termos europeus!

É uma prioridade para a Portugal Nuts que o país passe a ser visto pelos importadores, mas também pelos consumidores como um cluster de frutos secos ligado à qualidade, altas produtividades e produções estáveis que possam abastecer sobretudo os mercados de proximidade na Europa.

O consumidor português, mas também o consumidor europeu de frutos secos tem hoje uma oportunidade única de ver um Portugal autossuficiente em frutos secos, que aliás já o é no caso da amêndoa e castanha. A isto se soma o encurtamento das cadeias logísticas, permitindo um consumo de proximidade. Na verdade, o que se ambiciona no caso concreto da amêndoa e noz é substituir o fornecimento, maioritariamente dos EUA, com produtos cultivados e transformados em Portugal, acautelando também uma lógica de contraciclo em relação aos produtores do hemisfério sul como Austrália, Chile e Argentina” (…).

• Extrato de entrevista concedida à Executive Digest.